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segunda-feira, 23 de dezembro de 2024

Caminhoneiros bloqueiam rodovias e país tem abastecimento de combustiveis e alimentos comprometido

24/02/2015 12h34 – Atualizado em 24/02/2015 12h34

Vários pontos de rodovias federais estão com o trânsito impedido, desde o começo da manhã desta terça-feira; em Mato Grosso do Sul, cinco trechos das BRs 163 e 463 o congestionamento de veículos é grande. Com isso, principalmente combustíveis e produtos hortifrutigranjeiros não são entregues nos destinos

Léo Lima com sites

Desde a visita da presidenta Dilma Roussef a Campo Grande, no início deste ano, as manifestações começaram. Caminhoneiros, que cortam as rodovias federais, em protesto contra os aumentos dos combustíveis e outras medidas consideradas impositivas e contrárias à economia brasileira, interditaram alguns pontos das BRs 163 e 262, em território Sul-mato-grossense, paralisando momentaneamente o tráfego de veículos.

E os movimentos de interdição de rodovias federais foram se sucedendo. Hoje (24), diversas estradas estão com trechos interrompidos parcialmente ou totalmente bloqueados, conforme informou a Polícia Rodoviária Federal (PRF).

Em São Gabriel do Oeste, no km 614 da BR-163, às 06h30, foi parcialmente interditado. Já em Campo Grande, o km 466 da mesma rodovia, (Saída para São Paulo), está totalmente bloqueado. A previsão de liberação após 24h. Em Dourados, no KM 07 da BR-463, o trânsito está liberado para veículos de carga perecível e viva, ônibus e veículos de passeio. Nos KM 256 e KM 274 da referida BR, também o tráfego está parcialmente interditado.

NO PAÍS

De acordo com o último balanço da PRF, divulgado ontem (23) à noite, motoristas enfrentam dificuldades para atravessar 64 pontos de 23 rodovias federais em seis estados.

Os estados mais prejudicados são Rio Grande do Sul, com 23 pontos interditados, Santa Catarina, com 15 trechos bloqueados e Paraná, com dez bloqueios. As rodovias de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Minas Gerais também têm pontos bloqueados.

No Pará, norte do país, desde às 9h desta terça-feira, quem queria passar pela rodovia BR-316, mais especificamente no quilômetro 25, no trevo de Mosqueiro, em frente a um posto de combustíveis, teve que ter paciência. Caminhoneiros estariam organizando um protesto e interdição da rodovia no local.

A PRF informa que tem negociado com os manifestantes para liberar a passagem de ambulâncias, veículos de passeio e de transporte de passageiros. Até o momento, não houve registro de confronto entre caminhoneiros e policiais rodoviários federais.

MEDIDA

De acordo com a Agência Brasil, ontem, a Advocacia-Geral da União (AGU) decidiu entrar na Justiça Federal com pedido de liberação das rodovias bloqueadas. De acordo com a AGU, a medida tem o apoio do Ministério da Justiça, por meio da Polícia Rodoviária Federal e da Força Nacional.

As ações, segundo a AGU, foram ajuizadas nos estados de Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, do Paraná, de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul. O órgão informa ainda que pediu a autorização da Justiça para que o Poder Público possa adotar “medidas necessárias para garantir a circulação nas pistas e a fixação de multa de R$ 100 mil para cada hora que os manifestantes se recusarem a liberar o tráfego”.

O governo de Santa Catarina informou que os bloqueios estão causando prejuízos para as agroindústrias e para os produtores de leite nos municípios de Campos Novos e em São Miguel do Oeste, prejudicando o deslocamento de cargas em toda a região. Segundo o governo, a ração e outros insumos não chegam aos produtores de frangos e suínos. As indústrias vão suspender a coleta do leite nas propriedades rurais a partir de hoje.

Em Campo Grande, na manhã de hoje, o congestionamento na BR-163, próximo à Capital, alcançou 10 quilômetros (Foto: CG News)

Em Dourados, assim como em várias partes do país, a PRF mantém vigilância durante os protestos e bloqueios (Foto: CG News)

Além da redução no preço dos combustíveis, os caminhoneiros protestam contra a corrupção no governo (Foto: Divulgação)

Rodovia federal que serve o Pará, com as duas pistas interditadas, nos dois sentidos (Foto: Divulgação)

Poderá haver multa de R$ 100 mil para cada hora que os manifestantes se recusarem a liberar o tráfego (Foto: CG News)

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