Há cinco anos não há incidência do parasita no Cartão Postal da cidade
Equipes do Setor de Endemias e Centro de Controle de Zoonoses de Três Lagoas realizaram, na manhã desta terça-feira (10), o monitoramento preventivo ao carrapato-estrela na Lagoa Maior.
O trabalho é feito anualmente para identificar a possível presença do parasita presente em capivaras e responsável pela transmissão da febre maculosa. De acordo com a técnica de vigilância em saúde, Georgia Medeiros, desde 2015 o monitoramento não identificou nenhum carrapato no gramado da Lagoa.
“Há cinco anos, a incidência desse parasita é zero, o que representa tranquilidade à população e aos frequentadores da Lagoa em relação ao risco da transmissão da febre maculosa. Isso também se deve ao trabalho constante das equipes de meio ambiente, com o monitoramento e trato das capivaras, limpeza da Lagoa e às ações de prevenção da Prefeitura de Três Lagoas”, explicou.
O veterinário e coordenador do CCZ Everton Ottoni acompanhou o trabalho que é realizado com uma esteira específica, capaz de atrair o carrapato, caso esteja presente na vegetação. “Percorremos toda extensão gramada da Lagoa Maior, devidamente uniformizados para que o monitoramento seja feito da melhor forma e seja concluído com sucesso”, disse.
“É importante esclarecer que este carrapato é diferente do que é encontrado em cães. O carrapato-estrela transmite a febre maculosa quando está infectado por uma bactéria e para transmitir a doença, ele precisa liberar a saliva ao picar a pele da pessoa”, explicou Geórgia.
Febre maculosa
Febre maculosa brasileira é uma doença transmitida pelo carrapato-estrela ou micuim da espécie Amblyomma cajennense infectado pela bactéria Rickettsia rickettsii. Esse carrapato hematófago pode ser encontrado em animais de grande porte (bois, cavalos etc.), cães, aves domésticas, roedores e, especialmente, na capivara, o maior de todos os reservatórios naturais.