O governador Eduardo Riedel (PSDB) disse nesta segunda-feira (22) que a MS-040 recebeu mais de 40 km de cerca para proteção de animais contra os constantes atropelamentos. A medida segue implementações do projeto Estrada Viva.
“Aumentou muito o fluxo de veículos e o trânsito de animais. Temos que agir. Já temos um estudo feito pela nossa universidade estadual [UEMS] e outras universidades. A Secretaria de Infraestrutura já está trabalhando. Foram colocadas mais de 40km de cerca onde tem o fluxo maior de animais na 040”, descreveu os passos.
Riedel já havia declarado que o governo iria focar em atividades de sinalizações de rodovias e investimentos em pesquisas científicas. O projeto busca proteger a riqueza da fauna que atravessa as rodovias estaduais.
Atualmente as orientações técnicas para a elaboração dos projetos de pavimentação e revitalização de rodovias no Estado são colocadas em prática com o uso do “Manual de orientações técnicas para mitigação de colisões veiculares com a fauna silvestre nas rodovias de Mato Grosso do Sul”.
RODOVIA COLECIONA MORTES
Na última semana, o Perfil News publicou uma reportagem sobre a rodovia MS- 040 que já é conhecida por ‘colecionar’ graves acidentes. No último dia 17 deste mês, a ‘via da morte’ fez mais uma vítima, quando uma pessoa morreu e três ficaram feridas após o veículo bater contra uma anta que cruzou a pista.
Com o impacto da batida, a vítima fatal, sendo um homem de 38 anos morreu no local. A MS-040, que liga Campo Grande a Santa Rita do Pardo, já é conhecida pelas más condições da pista. A rodovia é de responsabilidade do governo estadual, mas a manutenção da pista tem deixado a desejar.
Em alguns casos, motoristas precisam invadir a contramão para desviar das ‘erosões’, mesmo sem ter a visão completa da pista contrária. A rodovia MS-040 que a partir do Anel Viário liga Campo Grande a Santa Rita do Pardo e Estado de São Paulo, é uma das mais perigosas de todo o Estado em termos de segurança. O usuário trafega por longo trecho sem nenhum ponto de apoio e com fiscalização mínima.
Outro risco na rodovia é a falta de comunicação, pois raramente existe sinal de celular. É comum vítimas de acidentes permanecerem horas às margens da rodovia ou mata no entorno da pista até que sejam avistadas por usuários que muitas vezes precisam trafegar até as proximidades de Campo Grande ou de Santa Rita para providenciar socorro.
Mais um perigo são animais na pista, existindo registros inclusive de mortes por atropelamento de diferentes animais, inclusive antas. Por conta dessa “solidão”, a rodovia passou ser a predileta por traficantes e contrabandistas que deixam Mato Grosso do Sul com destino inicial a São Paulo, sendo muitas as apreensões ocorridas ao longo de todo o trecho.