09/01/2004 11h10 – Atualizado em 09/01/2004 11h10
HOLLYWOOD (Hollywood Reporter) – A série de filmes “Todo Mundo em Pânico”, da Dimension Films, está de volta pela terceira vez, decidida a não deixar nenhum alvo passar em branco.
Após a saída dos irmãos Wayans em função das críticas feitas a “Todo Mundo em Pânico 2”, fez sentido total chamar para a direção David Zucker, o homem responsável pelos três “Corra que a Polícia Vem Aí!”, e, ao lado dos irmãos Jerry e Jim Abrahams, pelo reverenciado vovô dos filmes de paródia — “Apertem os Cintos! O Piloto Sumiu”, de 1980.
O resultado é uma sátira mais branda do que as anteriores, evidenciada pelo fato de, pela primeira vez, nos Estados Unidos, um filme da série não ser proibido para menores. No Brasil, o longa-metragem estréia na sexta-feira, com censura 14 anos.
O problema é que, depois de algum tempo, fica claro que as mesmas três ou quatro piadas são recicladas interminavelmente ao longo do filme. Depois de algumas repetições, até mesmo mais um soco paralisante na virilha acaba perdendo um pouco de seu poder de impacto.
Ainda assim, o filme deve conseguir atrair um público jovem considerável, mesmo que sua bilheteria dificilmente se aproxime dos 157 milhões de dólares acumulados pelo primeiro da série.
“Todo Mundo em Pânico 3” mistura as tramas de “O Chamado”, “Os Sinais” e “8 Mile – Rua das Ilusões”, com alguns trechos de “Matrix Reloaded” e “Os Outros”.
O filme começa com um prólogo divertido em que Pamela Anderson e Jenny McCarthy zombam do início de “O Chamado”, ao mesmo tempo em que brincam com sua própria imagem de louraças.
MICHAEL JACKSON FAZ “APARIÇÃO”
Enquanto isso, uma repórter de TV (Anna Faris) que já está ocupadíssima cobrindo uma invasão de alienígenas numa fazenda pertencente a Charlie Sheen topa com uma fita de vídeo assassina que já provocou a morte da professora (Regina Hall) de seu precoce filho (Drew Mikuska).
Ao mesmo tempo, ela começa um caso com um candidato a rapper branco (Simon Rex) que sonha em ter um sonho.
No decorrer de sua investigação, a repórter tem encontros com Oráculo, também conhecida como Tia ShaNeequa (Queen Latifah), Orpheus (Eddie Griffin) e o Arquiteto (George Carlin).
Ela também topa com Denise Richards, numa sequência de flashback doentia, mas engraçadíssima, com Charlie Sheen, que é seu marido na vida real. Camryn Manheim, Anthony Anderson, Jeremy Piven, D.L. Hughley, Macy Gray, Ja Rule, Master P, Redman, Method Man e os Coors Twins são outros que aparecem.
Alguns bons momentos do filme estão na reencenação de uma cena de concurso de rap de “8 Mile”, que é julgado por Simon Cowell, o sujeito de cara fechada de “American Idol”.
Há, também, a parte que parodia “Os Outros”, quando Charlie Sheen tira o véu branco que cobre sua filha, que está agindo de maneira estranha, e encontra por baixo dele Michael Jackson aos gritos (Edward Moss).
Mas, quando chegamos ao momento em que Leslie Nielsen aparece para reprisar sua rotina de “Corra que a Polícia Vem Aí”, no papel do presidente norte-americano confuso e perdido, a fórmula batida já passou há muito tempo de sua data de validade cômica.
Fonte: MSN