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sexta-feira, 25 de abril de 2025

Faculdade de Medicina da UFBA quer reduzir vagas

22/09/2004 14h31 – Atualizado em 22/09/2004 14h31

Estadão

A Universidade Federal da Bahia (UFBA) pode oferecer menos vagas no curso de medicina a partir do próximo ano. A proposta, feita por uma congregação de professores, chefes de departamento, coordenadores de colegiado e estudantes será apresentada nesta quarta-feira em assembléia. A idéia surgiu para resolver problemas crônicos na estrutura das aulas práticas.

Na reunião de hoje, aberta a toda a comunidade acadêmica no Campus do Canela da UFBA, a congregação da faculdade de medicina pretende discutir de quanto será o corte das vagas: entre 40 e 80 podem ser eliminadas.

Conforme o diretor da faculdade, José Tavares Neto, a redução é necessária para não prejudicar ainda mais a formação do médico baiano, devido à precariedade da estrutura de aula prática na UFBA.

Ele disse que há uma grave carência de convênios que permitam aos estudantes praticar a medicina básica, problema que a faculdade vem tentando contornar com uma parceria com a prefeitura de Salvador. O número excessivo de professores substitutos (cerca de 60% do quadro) é outra distorção apontada pela comunidade médica.

Além disso, o diretor reclama da crise por que passa o Hospital Universitário Professor Edgar Santos. Três enfermarias estão fechadas, a UTI funciona com capacidade reduzida e faltam medicamentos.

Greve de alunos
A situação da Faculdade de Medicina é um reflexo da imensa crise em que a UFBA está mergulhada há anos e motivo de greves regulares de professores, funcionários e alunos.

Este ano, por exemplo, o calendário está atrasado devido a greves sucessivas. Só houve aula no primeiro semestre e a conclusão do período está prevista para o fim do ano ou início de 2005.

Atualmente os estudantes mantêm uma greve que já dura 60 dias. Eles decidiram permanecer parados mesmo depois que professores e funcionários resolveram voltar ao trabalho há duas semanas.

OS estudantes em greve reivindicam, entre outros tópicos, a criação de uma segurança particular nos campi e a reabertura do restaurante universitário, fechado há mais de dez anos.

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