23/09/2004 14h56 – Atualizado em 23/09/2004 14h56
Da Redação
As 26 internas do Estabelecimento Penal de Três Lagoas (EPTL), transferidas em maio para Corumbá, devido ao problema de superlotação, deverão retornar à Cidade dentro de aproximadamente 10 dias. Elas ficarão numa residência que estava sendo adequada para recebê-las. O presídio feminino funcionará na Rua Sabino José da Costa, Jardim Mirassol.
Segundo o diretor do EPTL, Gilmar Gomes, o contrato de locação foi assinado e a reforma de adaptações para transformar a casa em um presídio teve início na segunda-feira (20).
A obra, orçada em cerca de R$ 5 mil, está sendo realizada por três internos. “A cada três dias de trabalho os internos têm um dia da pena reduzido”.
No mês de agosto, representantes da Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário (Agepen) estiveram na cidade para fiscalizar duas residências, uma para o presídio feminino e a outra, para a instalação do Programa Elo, na Vila Nova.
De acordo com Gomes, a casa onde será instalado o Programa não passará por grandes reformas. “Serão pequenos reparos na rede elétrica e hidráulica”. A instalação do Programa também será realizada dentro de aproximadamente 10 dias. “Com certeza, as duas residências serão inauguradas após as eleições”.
PROGRAMA ELO
O Programa Elo tem como objetivo acompanhar e fiscalizar o interno assim que ele conseguir o benefício do regime semi-aberto. O objetivo principal do programa é a tentativa de diminuir o número de reincidência dos internos que estão no regime semi-aberto.
“No Programa Elo, o interno contará com o apoio de um assistente social, psicólogo, futuramente um médico psiquiatra, que irá acompanhá-lo durante a fase de transição”, comentou o diretor.
Conforme Gomes, a assistência social ficará responsável em conseguir um emprego para o interno, no qual uma equipe irá fiscalizá-lo. Cerca de oito a dez pessoas estarão trabalhando no projeto. “A equipe irá realizar relatórios mensais e enviar ao judiciário. Caso o interno não se enquadre, ele retorna ao presídio antes mesmo de ficar em liberdade”.
Outro ponto positivo levantado pelo diretor, é o acompanhamento do programa, caso o interno possua algum vício ou problemas psicológico. “Caso o interno seja usuário de drogas, por exemplo, o programa fica responsável em encaminhá-lo ao local adequado para tratamento. Há tempos Três Lagoas precisava de um projeto do gênero, já que a maioria dos crimes da Cidade está relacionada ao vício de drogas”.
