22/04/2005 16h06 – Atualizado em 22/04/2005 16h06
Agora MS
Um estudo inédito sobre a emissão de gases que visam conter o buraco na camada de ozônio mostra que estes elementos têm um efeito inverso no caso do aquecimento global, sendo responsáveis por uma intensificação do fenômeno. A substituição dos clorofluorcarbonetos (CFC), que causam a destruição da camada de ozônio, ocorreu a partir de 1987, com o Protocolo de Montreal, que visou a substituição destes gases por outros alternativos, como os perfluorcarbonos (PFC) e os hidrofluorcarbonos (HFC).Os clorofluorcarbonetos são utilizados em geladeiras, aerossóis, espumas e em aparelhos de ar condicionado, e através do Protocolo de Montreal, sua emissão caiu em 86% desde 1987 até 2004.Caso a emissão continuasse crescendo no ritmo da época, a projeção é de que atualmente ela já teria atingido o triplo do que era emitido em 1987, o que comprometeria cerca de 50% da camada de ozônio.Por outro lado, a substituição dos clorofluorcarbonetos pelos gases alternativos teve um efeito negativo no caso do efeito estufa, pois segundo os pesquisadores do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma), estes gases intensificam o fenômeno, o que está acelerando o aquecimento do planeta.A influência destes gases em relação ao dióxido de carbono, entretanto, é considerada limitada, já que sua emissão é consideravelmente inferior em níveis globais.Ainda assim, os cientistas consideram fundamental o monitoramento destes gases na atmosfera, com o intuito de controlar tanto o buraco na camada de ozônio quanto o aquecimento global.