11/05/2005 08h15 – Atualizado em 11/05/2005 08h15
Espaço Vital
Terminou ontem o julgamento do alemão Ralf Meyer, 41 anos, condenado a cumprir 13 anos de prisão, por ter matado e esquartejado o seu parceiro sexual, em Berlim (capital). O caso tem implicações de canibalismo. Meyer, que trabalhava como decorador, colocou um anúncio na Internet procurando “parceiros para uma relação sadomasoquista”. O professor Joe Ritzkowsky, 33 anos, que lecionava música em Berlim, respondeu ao anúncio e foi ao encontro de Meyer.Depois de se conhecerem e conversarem, Ritzkowsky foi amarrado a uma cama, na qual manteve relações sexuais com Meyer, que, após o ato, enfiou uma chave de fenda no pescoço do professor, fazendo-o sangrar até a morte.Meyer, então, abriu o corpo de Ritzkowsky, retirou os pulmões da vítima e alimentou seu gato com partes do órgão. Em seguida, cortou, fritou e comeu o pênis do professor. Por fim, o decorador esquartejou o corpo do professor e guardou os pedaços em sua geladeira.Durante o julgamento na semana passada, o decorador alemão disse em tribunal que tinha medo do lado ´negro´ de sua personalidade: “eu matei um homem, ajudem-me, há um homem na minha geladeira”. O promotor de Justiça imediatamente redargüiu que essa manifestação era uma tentativa de “se fazer passar por louco, para escapar da condenação”.A acusação foi feita por “assassinato baseado em causas emocionais, gerado por desejo sexual”. Em um relatório médico de 105 páginas, que vazou para a imprensa internacional, Meyer diz que tinha fantasias, até mesmo quando esteve na prisão esperando por seu julgamento, de atacar muitos de seus anteriores parceiros sexuais.Ainda de acordo com o relatório, as fantasias de Meyer, relativas a canibalismo, tiveram início quando ele tinha 25 anos.A defesa afirmou, durante o julgamento de Meyer, que ele foi influenciado pelo caso de um outro alemão acusado de canibalismo: Armin Meiwes, 42 anos, mais conhecido como o “canibal de Rotemburgo”.Meiwes foi condenado, no ano passado, a oito anos de prisão pela morte, esquartejamento e ingestão de partes anatômicas do engenheiro berlinense Bernd Jürgen Brandes, 43 anos , ocorrida em março de 2001.O “canibal de Rotemburgo” manteve relações homossexuais com Brandes, a quem havia conhecido pela Internet. Brandes pediu ao canibal que cortasse seu pênis para que pudessem cozinhá-lo e comê-lo juntos, e que depois o matasse. Após devorar o pênis, Brandes teria perdido a consciência, e Meiwes então o matou a facadas. O assassinato ocorreu numa sala apelidada de “matadouro”, decorada com utensílios de açougue e uma jaula. Meiwes pendurou o corpo num gancho de açougue e o fatiou, guardando as porções em seu freezer. Até ser preso, em dezembro 2002, o réu comeu 20 kg de carne da vítima.