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terça-feira, 29 de abril de 2025

População brasileira envelhece rapidamente

26/11/2005 08h39 – Atualizado em 26/11/2005 08h39

AE

A população brasileira está envelhecendo rapidamente em conseqüência da forte queda da taxa de fecundidade das mulheres, que está em 2,1 filhos. É o que aponta a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O número manteve-se de 2003 para 2004, mas a tendência histórica é de queda. A taxa de fecundidade, que era de 3,5 em 1984, caiu para 2,6 em 1993 e para 2,3 em 1999.Em 1981, o número de pessoas com mais de 60 anos na população brasileira era pouco menos da metade do das crianças de até cinco anos. Em 2004, o grupo acima de 60 já era 20% maior do que o de até cinco anos. De 1981 até 2004, as pessoas com mais de 60 saíram de 6,4% para 9,8% dos brasileiros.A faixa etária que predominava em 1981 era a de zero a quatro anos, com 13,4% da população. Em 2004, aquela fatia já caiu para 8,1%, e a faixa mais populosa é a de jovens de 15 a 19 anos, com 9,7%. A faixa etária de 20 a 24 anos, porém, está se aproximando da de 15 a 19. Em 2001, esta correspondia a 10,3% dos brasileiros, e a primeira a 9,3%. Agora, os de 20 a 24 estão em 9,4%, a apenas 0,3 ponto porcentual da faixa de 15 a 19.A região Norte é a que tem maior taxa de fecundidade no Brasil, com 2,8, seguido pelo Nordeste, com 2,3, Centro-Oeste, com 2,1, Sudeste com 2,0 e Sul com 1,9. O Norte, por causa da maior fecundidade, é também a região com a estrutura etária mais jovem, na qual a maior parcela da população está concentrada em cinco a nove anos.O especialista Kaizô Iwakami Beltrão, pesquisador da Escola Nacional de Ciências Estatísticas (Ence/IBGE), diz que hoje há um debate sobre se a queda da fecundidade teria se interrompido nos anos mais recentes ou não. De qualquer forma, ele observa que há uma tendência preocupante de um aumento mais veloz da população idosa do que da população em idade de trabalhar, o que pode agravar ainda mais os problemas da Previdência. “É preciso aumentar a taxa de atividade e a taxa de formalização (dos empregos), mas isto não se consegue por decreto”, diz Kaizô. A taxa de atividade é a relação entre as pessoas em idade de trabalhar e as que efetivamente trabalham.

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