23/02/2007 16h58 – Atualizado em 23/02/2007 16h58
G1
Um cachorro foi engolido por um jacaré em um dos lagos do Parque Barigüi, em Curitiba. A cena causou pânico entre os freqüentadores do parque, que temem que uma criança seja a próxima vítima do animal. O gerente Marcos Rodrigues Lopes, de 37 anos, contou à reportagem da “Gazeta do Povo” que o ataque ocorreu na tarde de terça-feira (20). Lopes estava no local andando de bicicleta com as filhas Gabriela, de 8 anos, e Amanda, de 5 anos. “O cachorro vira-lata passou por nós e entrou na água. O ataque do jacaré foi imediato”, contou Lopes. Para o gerente, é preciso alertar para o perigo desses animais no parque. “Assim como o pobre cachorrinho, ele irá devorar a primeira criança que chegar perto dele. Nesse dia, haverá uma comoção nacional e o jacaré, símbolo do parque, vai se transformar no jacaré assassino do Barigüi”, disse. Segundo contagem oficial da Prefeitura de Curitiba, hoje vivem no Parque Barigüi três jacarés: dois da espécie papo-amarelo e um do pantanal. Várias pessoas relatam, entretanto, que já viram dois jacarés menores no local. Portanto, há dúvidas quanto ao número correto de jacarés que vivem no parque.Os três jacarés são monitorados à distância. A Secretaria Municipal de Meio Ambiente não têm certeza se são fêmeas ou machos. Tudo indica que o mais velho seja um macho. Em relação à alimentação, o superintendente de Obras e Serviços da Secretaria de Meio Ambiente de Curitiba, Paulinho Dalmaz, diz que “eles se viram, pois há fartura de alimentos no parque”. A fartura a que ele se refere são peixes, aves e outros animais. “Os jacarés são inofensivos”, afirmou. Para o biólogo e professor da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC-PR) Júlio César de Moura Leite, é importante manter a distância. “Fora da água ele é menos perigoso, mas pode ser mais rápido do que as pessoas imaginam”, afirma Leite. “Se puxar uma criança para o lago, já era. Dentro da água ele tem uma agilidade colossal, não tem como se defender de um bicho desses. Ele tende a afogar a presa.”