04/08/2007 10h48 – Atualizado em 04/08/2007 10h48
TV Morena
Nesta semana a produção do MS Rural recebeu a carta do seu Almir, um telespectador que tem dúvidas sobre a qualidade da carne de porco. Ele quer saber se existe perigo no consumo deste tipo de carne quando os animais são alimentados com resto de comida, conhecida por lavagem. O Osmar Bastos preparou a resposta. A suinocultura nacional cresceu quase 6% no ano passado, atingindo uma produção de quase três milhões de toneladas de carne. Para 2007 espera-se alcançar um número de matrizes alojadas igual a três milhões de animais. O país já se coloca como grande exportador de carne suína, mas quando se fala em consumo, o Brasil perde de longe para os países europeus e asiáticos. Enquanto consumimos cerca de 13 kg de carne de porco por ano, cada húngaro, por exemplo, come mais de 62 kg. Trabalhos com genética deixaram a carne mais saudável e com menor teor de gordura. As granjas estão equipadas com o que há de moderno e respeitam rígidos princípios de higiene. Mas comer carne do porco caipira é seguro? Esta é a pergunta que o Almir fez pra nossa produção. O segredo de uma carne de porco saudável está na higiene da criação. Mesmo o porco caipira pode ser criado em ambientes limpos, cimentados, com água corrente e cocho para comida. Mas fornecer lavagem para eles nunca. O fornecimento de restos de comida pode contaminar os animais com bactérias e parasitas, como acontece no caso da cisticercose. O consumo da carne de porco contaminada pode transmitir um verme intestinal conhecido como solitária. O indivíduo contaminado elimina ovos do parasita pelas fezes que, além de contaminar o meio ambiente, pode reinfectar a própria pessoa, agravando o caso quando o parasita se aloja no cérebro. Mas a preocupação para consumir qualquer tipo de carne desaparece quando o produto é inspecionado.
