11/01/2013 23h24 – Atualizado em 11/01/2013 23h24
Contrariamente, na atualidade, os jovens são estimulados em casa a beber
Festas de escola em nossa cidade estão agregando esse valor nefasto à juventude, permitindo que menores com 14 ou 15 anos se embriaguem à vontade
Antonio Carlos Garcia de Oliveira
Os tempos passam e parece que a juventude de uma forma geral não percebe o quanto está prejudicando sua vida e sua saúde com o exagerado consumo de bebidas alcoólicas.
Quando jovem era raro encontrar jovens bêbados pelas festas e ruas. Contrariamente, na atualidade, os jovens são estimulados em casa a beber. Pais e mães permitem e admitem passivamente que os pupilos peguem os copos, encham de cerveja e se embriaguem, isto quando não se aproveitam e encham a cara de vodka, wuisky e os famigerados e perigosos energéticos.
Festas de escola em nossa cidade estão agregando esse valor nefasto à juventude, permitindo que menores com 14 ou 15 anos se embriaguem à vontade, saindo alguns carregados para os automóveis dos pais. E o que é pior, os diretores das escolas pouco fazem para impedir isto dentro de sua própria casa, a escola, local que deveria ser o exemplo para a grande maioria dos alunos.
Com a cachaçada da juventude vem a droga. Interessante, porque atualmente, a juventude tem o costume de sair de casa depois das 23:30 horas, horário que normalmente começam as festivas embaladas por todo tipo de bebida alcoólica, e, quando não existem as baladas ficam mesmo pelas ruas bebericando pelos cantos. E o tal do energético, é fácil de ver diuturnamente menores consumindo bebidas energéticas, como se isso fosse necessário para um jovem de 16 anos de idade, em pleno vigor da forma.
Os riscos disso são claros ao observar que já é comum diversos jovens participando de atendimentos em razão de cardiopatias e muitos deles morrendo pelo consumo daquilo que é risco em todas as baladas. A cultura da juventude, inclusive dos menores de 18 anos, quer na periferia, quer no mundo classe A é o consumo de bebida alcoólica. É normal andar pela cidade no sábado a noite, principalmente depois das 23:00 horas e ver grupos de jovens se aculturando, normalmente enchendo a cara na frente de algum 24 horas.
Por onde passam deixam coisas quebradas, sujeira por todos os lados e um rastro de risco social, dirigindo bêbados, chegando em casa, bêbados, arrumando confusão, bêbados, perturbando as pessoas, bêbados, tudo com o beneplácito dos pais que como os avós, acham muito lindo o neto falar o primeiro palavrão. Não sei onde isso vai parar, mas que estamos bem perdidos, isso estamos.
Antonio Carlos Garcia de Oliveira – promotor de justiça