27/02/2014 08h28 – Atualizado em 27/02/2014 08h28
Coluna diária com os mais diversos tópicos políticos do Mato Grosso do Sul
Williams Araújo
MÉDIA 100%
Nelson Rodrigues já dizia: ‘toda unanimidade é burra’. A célebre frase do escritor pernambucano não foi levada em conta pelos deputados estaduais, que de forma unânime, aprovaram o nome de Osmar Jerônymo para o Tribunal de Contas do Estado. Aliás, nem mesmo a oposição quis demarcar território e avalizou a indicação.
De forma tímida, o petista Pedro Kemp tentou esboçar uma reação, ao solicitar que o novo conselheiro passasse por uma sabatina. Jerson discordou e acabou a conversa.
A CAMINHO
Em se tratando da Corte de Contas, o próximo a seguir os passos do atual Secretário de Governo Osmar Gerônymo é o peemedebista Jerson Domingos. Mas isso lá pelo fim deste ano, após encerrar seu mandato de presidente da Casa. Certamente, mais um placar de goleada será registrado no painel da Assembleia Legislativa por conta do nome em questão.
Jerson, como todos sabem, conseguiu o apoio irrestrito dos colegas e se manteve na presidência por vários mandatos.
TO DENTRO
Cabos eleitorais de luxo de postulantes ao Parque dos Poderes e até ao Palácio do Planalto, os prefeitos começam a ser assediados para que virem apoiadores desta ou daquela candidatura. O primeiro a declarar apoio e a embarcar em projeto governamental é o peemedebista Roberto Hashioka, de Nova Andradina.
Ele aceitou o convite e pulou dentro do ‘busão’ do senador Delcídio do Amaral (PT) na primeira oportunidade que teve. Os demais devem se decidir em breve.
TROCO
Como toda ação provoca uma reação, segundo o físico Isaac Newton, o governador André Puccinelli (PMDB) revidou a posição tomada pelo agora ex-aliado e disparou, afirmando que cinco tucanos vão engrossar a candidatura de Nelsinho Trad (PMDB). Se bravata ou não, o certo é que a corrida já começou e vai ser um salve-se quem puder.
A fidelidade começa a dar lugar a oportunidade ou a melhor chance de se dar bem lá na frente com a possível vitória de seu apoiado.
BIRUTA
As declarações do presidente da Assembleia Legislativa de que as composições políticas em terras pantaneiras devem ser decididas em Brasília dão mais um nó na cabeça dos analistas. Se eles já não conseguem decifrar o atual cenário, imagine agora, depois dessa afirmação do experiente Jerson Domingos.
Ele, por certo, não falaria isso publicamente se não tivesse fundamentação para expor. Ao que parece, ele está tentando dizer que o PMDB está mais perto do PT do que todos imaginam.