13/03/2014 08h21 – Atualizado em 13/03/2014 08h21
Conjuntura
Coluna diária com os mais diversos tópicos políticos do Mato Grosso do Sul
Williams Araújo
PELAS COSTAS
Parceiro nos momentos bons, mas extremamente fisiológico quando se trata de abocanhar mais cargos, o PMDB virou as costas à presidente Dilma (PT) e aprovou na Câmara uma comissão externa para investigar a Petrobrás. Com essa postura, os peemedebistas se distanciam um pouco mais dos petistas nos estados e, certamente, em Mato Grosso do Sul, onde ambos tentavam uma aliança histórica.
A fúria dessa investigação é que vai ditar o rumo dos dois daqui pra frente.
DISCRETO
Há tempos longe dos holofotes, o deputado Federal Luiz Henrique Mandetta (DEM) deu ao ar da graça em evento esta semana na Assomasul (Associação dos Municípios de Mato Grosso do Sul). Mesmo diante de grande parte dos prefeitos de MS, teve participação acanhada na reunião, cujo objetivo era discutir o prazo para a liberação das emendas impositivas ao Orçamento da União.
Talvez, os reflexos de duas CPIs abertas para investigar a saúde podem ter sido a causa de sua apatia.
SEM CHORO
O pedágio nas rodovias de Mato Grosso do Sul já virou realidade. Primeiro, a presidente Dilma Rousseff assinou ontem a concessão de duas delas, as BRs 040 e 163, por um período de 30 anos. Depois, no mesmo dia, os deputados daqui aprovaram a privatização de 11 rodovias estaduais também por igual período de tempo.
Se tudo correr dentro do previsto, a partir de 2015 mais uma taxa será desembolsada pelo sul-mato-grossense.
LOBBY DO BATOM
As mulheres levaram a ferro e fogo a contratação de mão de obra para tocar a recém-criada Secretaria Municipal de Políticas Públicas da Mulher. Do atual quadro, apenas o motorista é do sexo masculino.
Embora não tenha dito publicamente, a comandante da nova pasta, Jaqueline Romero, admite que pode abrir espaço para que mais homens trabalhem na caçulinha das secretarias do prefeito Alcides Bernal (PP). A pasta vai funcionar no prédio da antiga escola Oliva Enciso.
MERECIDO
A vida humana continua a valer muito pouco no Brasil. Aos olhos de quem não vivencia o drama da perda, passa até despercebido. Mas quem fica sem um dos seus de forma trágica sabe o tamanho da dor que provoca. Falo isso para destacar a sentença de 14 anos imposta pela Justiça a um jovem que matou no trânsito durante a disputa de um racha em avenida da Capital.
O castigo foi pequeno aos olhos dos familiares da vítima, mas, ao menos, a impunidade não triunfou. Até que enfim.