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sexta-feira, 27 de dezembro de 2024

COMO GOLPISTAS

11/12/2014 16h13 – Atualizado em 11/12/2014 16h13

Como aquele inquilino que não quer pagar o aluguel, que sai de fininho, na calada da noite, da casa

Com o rabo entre as pernas, os caloteiros, dizendo estarem sem dinheiro para cumprir acordos financeiros com fornecedores e trabalhadores

Ricardo Ojeda e Léo Lima

COMO GOLPISTAS

Como aquele inquilino que não quer pagar o aluguel, que sai de fininho, na calada da noite, da casa, na tentativa de burlar a cobrança do senhorio, a direção do Consórcio UFN3 protagonizou um dos capítulos mais obscenos (até indecente), da novela a respeito do “boom” de desenvolvimento que se instalou em Três Lagoas. Pelo menos na parte bandida da trama.

COMO GOLPISTAS II

Com o rabo entre as pernas, os caloteiros, dizendo estarem sem dinheiro para cumprir acordos financeiros com fornecedores e trabalhadores, no final de novembro deu início a um verdadeiro “desmanche” do circo montado na Ranulpho Marques Leal, retirando o mobiliário e documentos (que não se sabe para onde foram levados) do escritório. Foi uma cena com roteiro previsível, antecipado e consequente.

COMO GOLPISTAS III

Durante outra cena, conseqüente ao não pagamento dos compromissos trabalhistas com os colaboradores demitidos, locada na extensão da rodovia que dá acesso ao site da Fábrica de Fertilizantes da Petrobrás e também na que demanda a São Paulo (desde a sede do escritório do Consórcio até a barragem de Jupiá), a inconseqüência dos atores da direção local da UFN3 – a desativação do escritório, na surdina – estava na boca dos revoltosos trabalhadores, que manifestaram suas indignações bloqueando as estradas: “os caras estão fugindo”.

COMO GOLPISTAS IV

Mais do que um filme do escritor inglês Sir Arthur Conan Doyle (que criou o personagem Scherlock Holmes, o detetive mais famoso do mundo), por conta do descalabro do tema, o “The End” deste episódio transcorrido em terras ofaiés (sociedade indígena que viveu nestas plagas três-lagoenses) não poderia ser outro: a Justiça bloqueando verbas das empresas consorciadas (Galvão Engenharia e a chinesa Synopec; podendo alcançar a Petrobrás, por tabela) para pagar os compromissos trabalhistas. Mas… e o resto dos credores dos caloteiros, os empresários, fornecedores de maquinários e serviços à UFN3? Como vão ficar? Provavelmente, será outro capítulo com idêntica trama, locação, protagonistas, enfim, os mesmo golpistas como personagens principais.

PITO

Diz-se da criança que, por um feito errado, sofre punição verbal severa (às vezes, com puxão de orelhas). Bem, a epígrafe serve para ilustrar episódio desta manhã de quinta-feira (11), passado na Assembleia Legislativa, onde o deputado Onevan de Matos (PSDB) levou um puxão de orelhas do presidente da Casa, Jerson Domingos (PMDB), após um pito geral dos colegas.

PITO II

O “pega prá capá” se deu porque o dito parlamentar segurava projetos vetados pelo governador que estavam com ele. Dentre eles, um de autoria dos colegas Junior Mochi (PMDB) e Paulo Corrêa (PR) propondo a estadualização de uma estrada no município de Naviraí, onde Onevan tem domicílio eleitoral, um “curral”, na verdade.

PITO III

Sem a paternidade do projeto, Onevam estava segurando o veto de Puccinelli, esperando o próximo governo. No entanto, ele foi praticamente intimado por colegas a devolver à Mesa do Legislativo. Foi o que fez. Não sem antes ser admoestado por Domingos que, irritado, alertou que a reforma pretendida por Reinaldo Azambuja (do mesmo partido de Onevan), só terá livra trânsito na Assembleia com acordo de lideranças e que o comportamento do líder do próximo governador só complicaria a vida do novo comandante de MS.O deputado Onevan acabou devolvendo os vetos.

INCONSEQUENTES

O “Deus nos acuda” que os paulistas estão passando por falta do precioso líquido nas torneiras de suas casas, parece, não sensibiliza os três-lagoenses. Especialmente, os abastados, que esvaziam suas piscinas ao invés de tratar a água como é normal. Nas calçadas, então, o que tem de diarista “varrendo” com jatos de água é incrível. Será preciso o desabastecimento, como acontece em São Paulo, para os inconseqüentes sentirem que é necessário ter consciência de que a economia desse líquido, que um dia (certo, vai demorar mas…) vai acabar no planeta, é essencial?

REDUÇÃO JÁ

A tragédia que abateu a família da menina Maísa Martins, de 12 anos, que morreu vítima da insanidade de um adolescente de 16 anos, na semana passada, cujo episódio ainda é lembrado na sociedade três-lagoenses, remete à promessa não cumprida do presidente do Congresso Nacional, senador Renan Calheiros (PMDB), de colocar em votação projeto de redução da maioridade penal no Brasil.
Por conta desses tropeços inconseqüentes dos políticos é que muitos brasileiros estão sendo mortos por delinqüentes acobertados pela manta de uma legislação que não atende a realidade. Traficantes, ladrões, enfim, a criminalidade aposta na ação dos menores para cometimento de assaltos, furtos, tráfico e homicídios, pois os “di menor” não ficam na cadeia.

PARA REFLETIR

“A paciência é a arte de ter esperança.”
(Vauvenargues)

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