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terça-feira, 26 de novembro de 2024

Empresários interditam tráfego na BR-262 em protesto pelo calote da UFN3/Petrobras

19/01/2015 08h21 – Atualizado em 19/01/2015 08h21

Empresários interditam tráfego na BR-262 em  protesto contra a Petrobrás e UFN3

Cerca de 40 empresários fazem neste momento um bloqueio no km zero da BR-262, em cima da barragem de Jupiá como forma de forçar a estatal do petróleo a honrar as dívidas de aproximadamente R$ 20 milhões que o Consórcio UFN3 deixou de cumprir com fornecedores

Léo Lima,Patrícia Miranda e Ricardo Ojeda

Com um calote de aproximadamente R$ 20 milhões conturbando suas vidas financeiras, os empresários três-lagoenses fornecedores da UFN3, contratado pela Petrobrás para edificar as obras da Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados (Fafen), acabam de bloquear a BR-262, no acesso a São Paulo, para forçar a estatal do petróleo a resgatar os débitos deixados pelo Consórcio.

O protesto, que está sendo realizado no quilômetro zero da rodovia federal, em cima da barragem de Jupiá, deve acontecer durante toda a manhã desta segunda-feira (19) , conforme informações. Também nesse local equipes da Polícia Rodoviária Federal (PRF) estão postadas para controlar a situação, evitando acidentes.

REPETIÇÃO

No final de novembro e começo de dezembro do ano passado, centenas de trabalhadores demitidos da UFN3 fizeram esse mesmo movimento e conseguiram receber pelos acertos trabalhistas.

Agora é a vez dos empresários tomarem também essa atitude, visto que por diversas vezes foram realizadas reuniões com a direção nacional da Petrobrás, algumas por videoconferências, para tentar acordo. Pontearam essas reuniões a prefeita Marcia Moura e o presidente da Associação Comercial e Empresarial de Três Lagoas (ACETL), Atílio D’Agosto, mas o resultado foi “um banho de água fria” na expectativa dos fornecedores do Consórcio, alvos do calote.

D’Agosto e Marcia Moura estiveram também, recentemente, com o governador Reinaldo Azambuja, ocasião em que pediram sua interveniência para a solução do problema. O empresário, na oportunidade, fez um relato do que está acontecendo em Três Lagoas: “muitas empresas devem decretar falência na cidade por falta de dinheiro para pagar o que devem no comércio e com seus funcionários; esse empreendimento [Fábrica de Fertilizantes] é de suma importância para o país, mas tamanha dívida está quebrando o setor empresarial do município”.

SONHO E PESADELO

A UFN- III (Unidade de Fertilizantes Nitrogenados) seria considerada a maior fábrica de fertilizante nitrogenados da América Latina, caso sua obra fosse concluída, como previsto para dezembro de 2014.

A cidade escolhida para a localização foi Três Lagoas, com o investimento de mais de 4 bilhões. Na época da divulgação da vinda da fábrica, a cidade comemorou muito, pois geraria um desenvolvimento local e a geração de emprego seria perceptível. Com o passar de dois anos do início da construção o que era comemoração tornou-se pesadelo.

Em 2014, com o calote das empresas responsáveis pelo consórcio da UFN-3 (Galvão, Sinopec e GDK) muitos trabalhadores e empresários que estavam envolvidos financeiramente ficaram prejudicados.

Com faixas, veículos e barreira humana, empresários de Três Lagoas fecham o trânsito na BR-262, em cima da barragem de Jupiá (Foto: Divulgação)
Os empresários dizem que tem cerca de R$ 20 milhões a receber do Consórcio, dívida que a Petrobrás poderia assumir (Foto: Divulgação)
Equipes da PRF estão no local para evitar que aconteçam acidentes, enquanto os manifestantes protestam em cima da barragem (Foto: Divulgação)

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