27/07/2015 08h39 – Atualizado em 27/07/2015 08h39
Não se sabe se foi por um lance de sorte ou mesmo por enxergar falcatruas de perto, figurão abandonou o barco antes que investigação grampeasse a patota. Hoje, deve respirar aliviado após refrega sem dó e nem piedade dos homens da lei. Embora tenha deixado de receber polpudo salário nesse período, o fato de não te sido lembrado durante a operação significa que tal decisão valeu à pena. Se bem que o fio da meada foi puxado e ninguém sabe aonde ele vai levar.
VARREDURA
A ‘Operação Lama Asfáltica’, dizem, pode interferir até na composição de órgão instalado no Parque dos Poderes. Gente que participou das licitações fraudulentas teria sido guindada para, mais adiante, colocar panos quentes no mal feito e carimbar o passaporte da impunidade. Mas isso, certamente, está na mira das investigações em curso e será observado com muito cuidado. MPF, PF e CGU são órgãos da alçada federal e não vão se intimidar e, muito menos, parar no meio do caminho.
PARECIDAS
A ‘Lama Asfáltica’ tem muita semelhança com o ‘Mensalão’ e pode mandar políticos e empresários conhecer a rudeza dos presídios sul-mato-grossenses. Se lembram do Marcos Valério, o irrigador de todo o esquema? Pois é, ele foi condenado há vários anos de prisão e só deve sair de lá quando estiver bem velho. Isso pode acontecer aqui também, pois teve gente que patrocinou campanhas e derrubou prefeito para não atrapalhar a continuidade das obras com licitação direcionada.
FRIGIDEIRA
Aliás, esse episódio das licitações fraudulentas queimou e deve queimar politicamente muita gente até a campanha eleitoral do ano que vem, justamente quando os partidos se preparam para eleger prefeitos e vereadores em Campo Grande e nos demais municípios sul-mato-grossenses. O prejuízo maior, dizem especialistas, deve ficar por conta do PMDB de André Puccinelli e do PR de Edson Giroto, flagrados em grampo autorizado pela Justiça conversando muito.
CORRUPÇÃO
A leitura que se faz é que mesmo que os supostos envolvidos no esquema de corrupção não sejam presos o escândalo por si só já seria suficiente para “condená-los” nas urnas por antecipação. Para analistas, a imagem de pessoas denunciadas por crimes de corrupção sempre sai chamuscada perante a opinião pública mesmo que o desfecho das investigações não seja como deveria.
