01/08/2015 08h26 – Atualizado em 01/08/2015 08h26
O poder é bom, mas desgasta e, às vezes, de forma irremediável. Quem não souber usar, então, nem se fale. Veja alguns exemplos de quem esteve lá na principal cadeira do poder em MS e saiu chamuscado. Pedro Pedrossian, Marcelo Miranda, Wilson Barbosa Martins, Zeca do PT e, agora mais recentemente, André Puccinelli. Pedrossian tentou voltar, mas foi rejeitado pelas urnas. Wilson vestiu o pijama bem desgastado. Marcelo ficou esquecido. Zeca teve uma sobrevida no Legislativo e o futuro de André à Justiça pertence.
ENCALÇO
Dizem que a Operação Lama Asfáltica vai respingar forte em gente que até aqui se diz paladina da verdade, da moralidade e dos bons costumes. Autoridades que vociferam o tempo todo e que enganam uma grande parcela de incautos, que vive à mercê da própria sorte. Alguns já puxaram o flap e colocaram o rabo entre as pernas. Já outros, ainda cantam de galo, mas até quando ninguém sabe precisar. Pelo andar da carruagem, tudo está sendo apressado e pode ocorrer antes que o cocoricó cante três vezes. Aí, tarde demais.
DOIS EM UM
Outro caso que corre paralelo à Operação Lama Asfáltica por ter um forte elo entre eles é o processo de cassação do ex-prefeito Alcides Bernal (PP). As gravações da Polícia Federal mostram conversas entre o empresário João Amorim, da Proteco, e o presidente da Câmara de Vereadores, Mário César (PMDB), supostamente combinando valores para a derrocada do progressista. O empresário tinha contratos com a prefeitura e queria mantê-los, a qualquer custo, mesmo que para isso tivesse que cortar cabeças. E foi cortada pela vontade deles.
DEGOLA
Para os prefeitos, se a coisa já estava ruim ficou pior depois que a presidente Dilma anunciou novos cortes no orçamento. Desta vez, foram R$ 8,6 bilhões, tirando verba justamente do Ministério das Cidades, de onde eles tinham esperança de irrigar os cofres das prefeituras para dar andamento nas obras paralisadas por conta do contingenciamento feito este ano.