26/08/2015 08h33 – Atualizado em 26/08/2015 08h33
O prenúncio dessa ‘alvorada ou alvorecer’, como queiram, já estava devidamente registrada nas gravações da Polícia Federal e até demorou em vir à tona. Mas depois de um ‘sim senhor, não senhor’ ao promotor do Gaeco, vai ser possível enxergar até onde esse pessoal pretendia levar essa farsa. E olha que o burburinho em torno desse assunto era grande pelas redes sociais e já não era segredo pra mais ninguém. Para muitos gaiatos, chegou o momento da onça beber água, porque até aqui, segundo eles, foi água quem bebeu a onça.
FARSA
O que não faltou nessa atual legislatura da Capital foi CPI. A cada semana, uma era aberta para que os vereadores discutissem e investigassem qualquer tipo de assunto. A maioria, no entanto, não prosperou e continuou engavetada nos escaninhos da Casa de Leis. Mas também criaram a tal Comissão Processante contra o ex-prefeito Alcides Bernal (PP) e deu no que deu. A última, contra o prefeito afastado pela Justiça, caminhava ao sabor de interesses. Agora, por falta de objeto, deve ser enterrada pelos que continuam no cargo.
VERGONHA
O que o povo vai querer saber agora é como vão ficar as explicações pessoais de seus representantes nas sessões que se sucederem daqui pra frente. Quem não tomou o coffee break da degola, vai poder falar em alto e bom som na Tribuna. Já os envolvidos terão que entrar mudo e sair calado até que a Justiça decida o futuro de cada um deles. Até em telefone particular eles não vão poder falar, pois tiveram os seus confiscados pelo Gaeco. E olha que eles foram eleitos exatamente para serem os fiscais do povo na aplicação dos recursos públicos.
BARGANHA
Um dia após a saída do vice-presidente Michel Temer (PMDB-SP) da articulação política e do anúncio de que serão cortados 10 dos 39 ministérios, o governo anunciou a liberação imediata de R$ 500 milhões em emendas parlamentares- recursos que os deputados e senadores destinam no Orçamento a projetos em seus municípios. O dinheiro é referente a “restos a pagar” de 2014, ou seja, emendas previstas no Orçamento do ano passado que não foram pagas.