03/09/2015 08h34 – Atualizado em 03/09/2015 08h34
Por prudência, neste momento de turbulências, não convide certos políticos da Capital para ‘tomar um cafezinho’. O ‘não’ vai ser imediato e pode constranger você, que apenas fez a gentileza de oferecer a iguaria. É que durante muito tempo, o pessoal abusou da quantidade das xícaras e acabou se enfastiando com tamanha doçura. Agora, que o sabor mudou radicalmente para o amargo, eles substituíram a bebida por algo menos enjoativo. Dizem que até o cafezinho do Gaeco eles estão dispensando durante oitivas por ser mais amargo ainda.
DUREZA
Nenhum nome envolvido nessas operações que estão em curso em Mato Grosso do Sul vai escapar da Justiça por causa da quantidade de olhos em cima dos processos investigatórios. Nem mesmo o famoso sobrenome vai servir de passaporte para a impunidade. O exemplo dessa dureza vem da capital paranaense, onde o juiz Sérgio Moro já mandou dezenas de figurões importantes tomarem água de caneca e banho de água fria. Por aqui, a rigidez deve ser a mesma tomada lá em Curitiba. Mas tudo, porém, com tempo e hora determinados.
SOU O ZÉ
Segundo alguns analistas da política sul-mato-grossense, têm muita gente que vai esconder o partido – caso não se desfilie até o fim deste mês – durante o processo eleitoral do ano que vem. O desgaste com o poder e com os escândalos eclodidos recentemente vai ser determinante para muitas candidaturas nessas eleições. Mas essa mudança de postura não para por aí. Dizem também que alguns candidatos vão esconder o próprio sobrenome para não serem confundidos com aparentados que estariam chafurdados em lamaçal de piche.
INJEÇÃO
A Assembleia Legislativa começou a apreciar emenda constitucional que se passar pelo plenário quem sai ganhando com isso são as prefeituras. A PEC garante aos municípios acesso às operações com cartões de crédito e débito. Autor da proposta, o deputado Marquinhos Trad (PMDB) diz que o objetivo é possibilitar as prefeituras condições de cobrar das operadoras o imposto para impulsionar a arrecadação e superar o momento de crise financeira.
BRECHA
Ainda segundo a emenda, de cada compra realizada com cartão, 5% fica com as agências fornecedoras das máquinas. O problema é que como as empresas têm sede em São Paulo o ISS é descontado nas cidades sedes das prestadoras, contrariando o Código Tributário Nacional, que determina o pagamento do encargo no local gerador do serviço. “O objetivo da PEC é estancar o desvio de quase 5% de todas as operações realizadas com cartão de crédito e débito nos municípios de Mato Grosso do Sul”, justifica.