10/12/2015 15h25 – Atualizado em 10/12/2015 15h25
Brincar com fogo é, no mínimo, correr grande perigo de sair chamuscado. No entanto, tem gente não só brincando, mas o que é pior, desdenhando das investigações em terras sul-mato-grossenses. Acham que o pedigree vai livrá-las das mãos da Justiça. Se esquecem, porém, que nome e sobrenome já não despertam mais a atenção de julgadores, que preferem ser duros do que ter as orelhas puxadas por conselhos superiores. Para ilustrar tal afirmação, é só prestar atenção no que acontece hoje com a Lava Jato. Até bilionário raspa a cabeça e convive com ratos.
TORCIDA
A oposição ao governo de Dilma Rousseff torce ferozmente por uma delação premiada do senador Delcídio do Amaral (PT-MS), preso pela Operação Lava Jato. Na visão deles, o petista sabe tudo e um pouco mais sobre o que rolou na Petrobras ao longo desses anos. Com um acordo, ele poderia entregar os maiores culpados dessa corrupção de bandeja à Justiça e, assim, abrandar sua pena. Se ele vai partir por esse caminhão ou não, somente seus advogados sabem a posição que ele vai tomar. De resto, tudo que vier à tona será mera especulação da mídia.
INCAUTOS
Embora o telefone registre tudo o que é falado e pode se tornar público com apenas um grampo e uma canetada, muitos políticos ainda fazem o uso dele para tratar de assuntos, digamos assim, ultrassecretos. Numa comparação bem simples, é o mesmo que cair no conto do bilhete premiado em pleno século 21. É por isso que em toda investigação, a primeira providência é pedir autorização da Justiça para grampear o telefone dos suspeitos. E aí as provas ficam tão evidentes que não há como negar o crime. Mesmo assim, os desavisados ainda se utilizam desse expediente.
ABANDONO
Se não bastassem as críticas feitas pelos vereadores, os deputados estaduais engrossaram o coro de descontentamento com a prefeitura de Campo Grande. A republicana Grazielle Machado foi à tribuna pedir que todos se unissem para ajudar a Capital. “Muita coisa tem que ser feita devido ao abandono, com essas permanentes disputas judiciais”. Colocou. Em aparte, desceram o sarrafo no prefeito Alcides Bernal (PP) os colegas Lídio Lopes (PEN), Antonieta Amorim (PMDB) e Eduardo Rocha (PMDB), todos andrezistas.
VETO
A Assembleia aprovou ontem emenda constitucional que impede o governador Reinaldo Azambuja (PSDB) de conceder qualquer vantagem a barnabés, criar cargos ou alterar a estrutura de carreiras sem prévia dotação orçamentária ou que ultrapasse o exercício de seu mandato. A “camisa de força” é de autoria do deputado Beto Pereira (PDT) com apoio dos colegas Amarildo Cruz (PT), Barbosinha (PSB), Cabo Almi (PT), Grazielle Machado (PR), João Grandão (PT), Paulo Corrêa (PR), Pedro Kemp (PT) e Professor Rinaldo (PSDB), que subscreveram a PEC.
