Trombadas
‘Ano novo, rixa velha’. Assim começou 2016 para o prefeito de Campo Grande, Alcides Bernal (PP), e os vereadores. Ambos insistem em se manter o mais distante possível como se isso fosse resolver todos os problemas da Capital. Essas rusgas vêm desde ascensão e queda e, posteriormente, volta do progressista ao Paço Municipal no ano passado.
Ao invés de uma mudança nas relações, as coisas só pioraram. E parece que nada vai mudar até o fim do mandato, em 31de dezembro deste ano. Em outubro, as urnas devem trazer revelações surpreendentes.
Morno
Aliado de primeira hora do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e louco para apear Dilma Rousseff do Palácio do Planalto, Carlos Marun (PMDB-MS) não poupa nem a oposição quando o assunto em questão é o impeachment. Na avaliação do integrante da bancada de MS, até grandes vozes da oposição fazem corpo mole na hora de endurecer o discurso contra o governo.
Para ele, DEM, PPS e PSDB não se afinam na hora H. Caiado (DEM-GO), inclusive, propôs uma renúncia coletiva dos integrantes do Executivo e Legislativo, o que desagrada o peemedebista.
Campanha
As eleições municipais de outubro devem dar o tom dos discursos de deputados estaduais quanto eles voltarem ao trabalho. Alguns parlamentares pretendem disputar a prefeitura da Capital e até do interior. Para a maioria, se envolver na campanha para eleger aliados será o objetivo número um.
Afinal, a próxima, de 2018, vai colocar todos no mesmo barco em busca da reeleição. Com o fim do financiamento de empresas às campanhas.eleitorais, os prefeitos e vereadores vão ser fundamentais na busca pelo voto de cada representante de sua região. Quem puder mais vai chorar menos.
Desprezo
Queimado que só depois que deu com a língua nos dentes ao combinar uma fuga ousada do ex-diretor da Petrobras, Nestor Cerveró, Delcídio do Amaral (PT-MS) está na iminência de perder o mandato e também ser expulso dos quadros petistas. Pelo menos foi o que insinuou o presidente nacional do partido, Rui Falcão, em nota oficial divulgada há dias.
Resta saber se o ninho tucano liderado pelo governador Reinaldo Azambuja (PSDB), com quem o senador andou flertando antes das eleições de 2014, o aceitaria de volta. Para muitos, seria um presente de grego.
Desgaste
Amigo do peito do deputado federal Zeca do PT e do pecuarista sul-mato-grossense José Carlos Bumlai, a vida do ex-presidente Lula se complicou nos últimos dias.
Depois de ajudar a reeleger a companheira Dilma, em uma disputa apertada contra o tucano Aécio Neves, Lula, que deixou o governo com o maior índice de aprovação já registrado no Brasil – 87%, viu seu capital político escorrer pelas mãos em meio a fracassos na economia, corrupção, erros na condução política do governo, e o derretimento político do PT.