22/02/2016 09h21 – Atualizado em 22/02/2016 09h21
A vereadora por Campo Grande Luiza Ribeiro (PPS) virou alvo do ex-governador André Puccinelli (PMDB) na Justiça. O peemedebista ingressou com ação criminal contra a socialista por ela ter sugerido, aos promotores da força-tarefa da Operação Lama Asfáltica, que Puccinelli teria implicação no tal esquema. O depoimento de Luiza, que teria “vazado” nas redes sociais, deixou irritado o italiano, que pede a condenação da vereadora com base nos artigos 138 e 139 do Código Penal.
SEM PROVA
Em seu depoimento à força-tarefa da Lama Asfáltica, Luiza falou que políticos e empresários da capital teriam arregimentado um grande esquema de corrupção, que supostamente ganhou força no primeiro mandato de Puccinelli à frente da prefeitura da Capital. Na conversa que teve com os promotores, Luiza sugeriu que criou-se, na gestão de Puccinelli à frente da prefeitura da cidade, um suposto esquema de corrupção que, ao longo dos anos, se transformou numa espécie de “praga”. O ex-governador, por sua vez, rebate as acusações, alegando que a vereadora fez as denúncias sem apresentar qualquer prova.
FUMAÇA
O prefeito da Capital, Alcides Bernal (PP), tem insistido na tese de que as denúncias que muitos dos vereadores do município insistem em fazer contra ele, no âmbito de sua administração, são frutos de represálias desses parlamentares, a maioria implicados no suposto esquema que operou para destituí-lo do cargo, lá atrás. Sempre que cobrado sobre as denúncias de tais vereadores, que insistem que Bernal tem incorrido em crimes de improbidade administrativa, o prefeito indaga sobre a legitimidade das falas dos adversários que, segundo ele, estariam com as imagens para lá de “chamuscadas”.
PASSAPORTE
Vence nesta segunda-feira (22), o prazo para que o senador Delcídio do Amaral (PT-MS) entregue a Justiça seu passaporte. A entrega foi uma das exigências feitas para a soltura do petista, libertado da prisão na última sexta-feira (19) depois de 87 dias encarcerado. O petista também está proibido de sair de casa no período noturno e nos finais de semana e de se comunicar com implicados no esquema de corrupção da Petrobras, sob pena de voltar à prisão.
LICENÇA
Embora possa retomar as atividades no Senado, Delcídio do Amaral não deverá voltar àquela Casa de pronto. Segundo assessores, o petista deverá entrar com um pedido de licença nas próximas horas no Senado, para, entre outras coisas, evitar constrangimentos diante de seus pares, muitos deles afoitos para empurrá-lo para a “degola”. O suplente dele, Pedro Chaves (PSC), que foi impedido de assumir a vaga do senador enquanto ele esteve na prisão, ainda nutre esperança, embora amigos.