04/03/2016 09h24 – Atualizado em 04/03/2016 09h24
O fisiologismo continua dando as cartas nas decisões políticas Brasil a fora, especialmente nos momentos que antecedem às eleições municipais de outubro. Candidatos ou não, o negócio é não perder tempo com paixões partidárias e partir para o lado daquele que oferecer as melhores condições de sobrevivência. Na esteira dessas mudanças, tem gente vendendo até a alma em busca de espaços políticos e benesses no poder. Está aí a máxima de que política é mesmo dinâmica.
A SECO
Os vereadores da Capital perderam mais uma batalha para o prefeito Alcides Bernal (PP) após a Justiça confirmar a permanência dele no cargo. Como eles queriam ver o progressista pelas costas, acabaram tendo que vê-lo de frente e mais forte do que antes. Alguns parlamentares é que vão ter que se explicar à Justiça depois que andaram metendo os pés pelas mãos no afã de apear o homem do Paço Municipal. Sem desconfiar de nada, foram flagrados pela Polícia Federal em conversas suspeitas, que podem levá-los a vestir o pijama mais cedo. O eleitor está de olho.
GIGANTE
Como era de se esperar, o PSDB começa a inflar o ninho ao atrair deputados, vereadores e lideranças políticas de quase todos os municípios. Com isso, terá nomes de sobra para enfrentar os adversários em todos os lugares e reais chances de eleger a maioria de prefeitos e vereadores. A estratégia do partido é fortalecer a reeleição do governador Reinaldo Azambuja em 2018, nessa que será a última reeleição permitida pela legislação eleitoral a cargos no Executivo. Diante dessa realidade, caberá aos demais partidos, como o PMDB, por exemplo, aceitarem resignados.
TITICA…
A delação premiada fechada por Delcídio do Amaral (PT-MS), divulgada com estardalhaço pela grande imprensa nacional na quinta-feira (3), “incendiou” os bastidores da política de Mato Grosso do Sul. O deputado federal Geraldo Rezende (PMDB), por exemplo, disse que a delação poderá acelerar o processo de impeachment de Dilma, incluída, juntamente com o ex-presidente Lula, nas supostas denúncias. Resende lembrou que nunca teve simpatia pela aproximação do PMDB com o PT, e que sempre esteve do lado dos peemedebistas que defendem a saída de seu partido da base do governo.
INFLAMÁVEL
Os deputados estaduais do PT de MS receberam com apreensão, na quinta, a notícia de que Delcídio do Amaral teria aceitado fazer deleção premiada. Abordados durante a sessão da Assembleia Legislativa na manhã de ontem sobre a suposta delação, Pedro Kemp, João Grandão, Amarildo Cruz e Cabo Almi foram cuidadosos ao falar sobre o assunto com os jornalistas. Em sua unanimidade, os parlamentares disseram que preferiam aguardar um pronunciamento oficial do correligionário, antes de opinar sobre sua provável colaboração com a Justiça, principalmente no que se refere às implicações de “gente graúda” do governo petista nos esquemas de corrupção da Petrobras.
