18/03/2016 09h39 – Atualizado em 18/03/2016 09h39
Não há mais nenhum discurso que controle a insatisfação da população brasileira com o governo de Dilma Rousseff. Quanto mais se tenta desqualificar uma denúncia aqui, outra ali, isso só provoca a ira dos descontentes, que a cada dia vem aumentando mais. Daqui a pouco, a multidão se enraivece e parte para o confronto contra tudo e contra todos. Já no décimo quarto ano de gestão petista, houve um desgaste natural com relação a uma série de fatores, sobretudo, com as denúncias de corrupção. Somente uma renúncia da presidente poderia serenar os ânimos.
MARCAS
Os senadores Waldemir Moka e Simone Tebet, ambos do PMDB de Mato Grosso do Sul, se posicionam a favor do impeachment da presidente Dilma. Filiados ao principal partido da base aliada do governo, não querem nem saber de arcar com o ônus de uma administração que chegou ao fundo do poço. Mas isso, segundo analistas, não isenta totalmente os dois parlamentares da responsabilidade de terem dado apoio ao PT até então. A união entre PT e PMDB foi tamanha que até o vice foi indicado pelo aliado. Tirar essa imagem a essa altura do campeonato fica difícil.
POSSIBILIDADES
O PSDB ainda não definiu um nome para disputar a prefeitura da Capital. Se existe um nome no bolso do colete, somente a alta cúpula tucana sabe quem é. Especulações, no entanto, apontam para os nomes da vice, Rose Modesto, e para o secretário de Assuntos Estratégicos, Eduardo Riedel. Carlos Alberto Assis ficaria para um plano secundário, com remotíssimas chances de ser o ungido. Para alguns analistas, uma composição com candidatura de outra sigla não estaria totalmente descartada. Não se descarta nenhuma hipótese, pois derrota é algo que não se cogita.
SUPLÊNCIA
O deputado federal Mandetta (DEM-MS) foi indicado ontem pela bancada do DEM para assumir uma das vagas de suplente na comissão especial que analisará o pedido de Impeachment da presidente Dilma Rousseff na Câmara Federal. “Eu tenho visto muitos parlamentares indecisos abrindo seus votos para o impeachment, as ruas deram o recado. Vamos caminhar com a verdade e vamos para a votação do impeachment para retirar esse governo que tanto malefício traz para população”, sugeriu.
PLANO B
Aliás, não foi só o democrata Mandetta a ser indicado como suplente para o colegiado, entre os representantes de Mato Grosso do Sul na Câmara. O seu colega Carlos Marun (PMDB-MS) é outro que poderá analisar o pedido de impeachment da petista, caso o titular da função falte à sessão. Integrante da bancada do PDT, Dagoberto Nogueira, que já havia sido indicado, foi substituído por desconfiança dos correligionários favoráveis a Dilma.