21/05/2016 09h36 – Atualizado em 21/05/2016 09h36
A cada informação nossa de cada dia, mais um petardo é disparado contra o PMDB de Mato Grosso do Sul. O partido vive a mesma agonia do PT em tempos de operações contra a corrupção vindas de todos os lados. Diante dessa nova realidade, não resta outra opção ao comando da sigla senão a de encarar os percalços e procurar nomes que queiram ir para o sacrifício. Isso acontece em Campo Grande, Três Lagoas e Dourados, principais colégios eleitorais do Estado. Sobre Dourados, por exemplo, diz-se que o PMDB pediu um nome emprestado de cidade vizinha para a disputa.
ZOAÇÃO
Nas redes sociais, o pessoal não perdoou o ex-deputado federal e ex-secretário de Obras, Edson Giroto (PR), preso na segunda fase da Operação Lama Asfática. Numa montagem com a apresentadora Marília Gabriela, é simulado um bate-bola entre eles, semelhante ao que era feito no final de seu programa de TV.
Sua cor preferida? E ele responde: laranja. E sua fruta predileta? E Giroto diz: laranja. Por fim, a pergunta é sobre qual o livro que ele gostou de ler? A resposta é: Meu pé de Laranja Lima. Isso, talvez, mexa mais com o brio da pessoa que a divulgação em si.
INVERSÃO
A coisa anda tão feia no país que até oficial de Justiça, que tem como ofício o estrito cumprimento da lei, é preso por falsa declaração. Esse caso aconteceu bem perto daqui, para ser mais preciso, em Dourados. É mais um caso entre tantos outros que acontecem de forma velada no Brasil. Isso sem contar policiais, juízes, desembargadores, conselheiros de tribunais de conta e tantos outros, que a exemplo dos políticos, se chafurdam na lama da corrupção sem nenhuma cerimônia. Enquanto isso, na outra ponta, o povo sobrevive à míngua clamando por comida e remédio.
DELAÇÃO
Na semana passada, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, pediu para incluir no inquérito de Belo Monte parte das denúncias feitas pelo senador cassado Delcídio do Amaral (sem partido-MS) em sua delação premiada. Ele ressaltou ao Supremo que Luiz Carlos Martins apontou somente Edison Lobão como beneficiário de vantagens indevidas, mas que Delcídio mencionou outros supostos destinatários da propina.
OPERADORES
Além de falar nos nomes de Romero Jucá, Renan Calheiros, Valdir Raupp e Jader Barbalho, Delcídio apontou ainda como supostos operadores do esquema os ex-ministros do governo Lula Erenice Guerra (Casa Civil) e Silas Rondeau (Minas e Energia). Segundo ele, Erenice, Silas e o ex-ministro Antonio Palocci atuaram para permitir os desvios e “fizeram aproximação com os grandes empresários”.