07/06/2016 08h37 – Atualizado em 07/06/2016 08h37
Uma sugestão à Polícia Federal para nominar a próxima fase da operação Lama Asfática é ‘Rodovias de Pó’. Isso porque, a mídia tem explorado à exaustão as várias estradas concluídas e entregues, mas que estão se desmanchando a cada dia que passa. Em grande parte de suas extensões já não existe mais asfalto e andar no terrão tem sido a solução para quem precisa trafegar por elas.
Segundo as investigações, foi com o desvio de recursos dessas obras que o pessoal adquiriu milhares de hectares de terra pantanal afora. Pelo jeito, a coisa ainda vai longe.
TRICOTANDO
Tem gente que gostaria de ser uma “mosquinha” para ouvir as conversas do pessoal que está preso há quase um mês por conta de denúncias da operação Lama Asfáltica. A palavra delação deve estar sendo sussurrada no ouvido de um e de outro nesse período sabático em que vivem os acusados. Quem está de fora deve estar antenado com o que pode estar sendo costurado lá dentro.
Afinal, a pressão não é nada fácil e alguém pode resolver contar o que sabe para, ao menos, garantir uma pena menor em caso de uma condenação. A qualquer momento, mais coisas podem eclodir.
DESCONTROLE
Se forem levadas a ferro e fogo todas as delações premiadas na operação Lava Jato, vai sobrar pouca gente em Brasília para comandar o país. A cada que passa, mais gente aparece na lista dos envolvidos na escândalo da Petrobras. Por conta dessa corrupção desenfreada, já teve prisão de senador no exercício do mandato, afastamento do presidente da Câmara, queda de ministro e daí por diante.
Se o presidente em exercício não analisar a ficha corrida de integrantes de sua equipe, vai correr o risco de ficar só e dar munição aos adversários, que não são poucos.
ESPERA
Por enquanto, o MPE (Ministério Público Estadual) ainda não se pronunciou a respeito da CPI (Comissão Parlamentar do Inquérito) do Cimi (Conselho Indigenista Missionário), cujo relatório final não foi nada bom para o órgão.
Além dos deputados estaduais, a população quer saber a verdade, ou seja, se a organização realmente bancava as invasões de terras produtivas em Mato Grosso do Sul. Pelo menos o indício é muito forte, segundo testemunhas, inclusive índios que se dizem manipulados.
CETICISMO
Embora apresentem projeções otimistas em relação às eleições municipais de outubro no interior sul-mato-grossense, as principais lideranças do PMDB sul-mato-grossense estão céticas, inclusive, sobre a possibilidade de candidatura própria em Campo Grande, onde o partido reinou por mais de duas décadas.
Indicam como principal opção o deputado estadual Márcio Fernandes, recém-filiado, mas não descartam apoiar o candidato a ser apresentado pelo PSB, provavelmente a deputada federal Tereza Cristina, da ala ruralista no Congresso.