08/06/2016 08h35
As defesas dizem que não, mas alguns presos da operação Lama Asfáltica pensam sim em delatar o esquema milionário de desvio de recursos durante o governo passado. Os valores assustam a qualquer mortal e ninguém em sã consciência vai arcar com as pesadas consequências que virão pela frente para poupar quem quer que seja.
Os rumos das investigações apontam também que obras tocadas pela prefeitura da Capital foram superfaturadas e executadas por empresários que já foram denunciados. Uma delação pode atingir mais gente do que se imagina.
ALTERNATIVA
Tucanos e Republicanos podem caminhar junto nas eleições municipais de outubro em Campo Grande. A afirmação é do deputado Paulo Corrêa, presidente do diretório municipal do PR. Conversas entre os dois partidos começam a ganhar contornos de um acordo bem costurado, que pode selar uma aliança com Rose Modesto na cabeça e o vice indicado pelo PR.
Havia especulações de que Sérgio Longen seria candidato a prefeito e seu partido iria buscar fazer uma composição para tornar a chapa em condições de entrar na briga para vencer o pleito. Depois dessa, é possível que ele recolha o flap.
CAI CAI
Como dissemos ontem aqui, a República poderia cair a qualquer momento com as delações que pipocam por todos os lados. No mesmo dia, foi pedida a prisão de três expoentes peemedebistas da política nacional: o presidente do Senado, Renan Calheiros (AL), Romero Jucá (RR) e o ex-presidente da Casa e do País, José Sarney (AP).
Como se vê, quem dormir no ponto é atropelado pela notícia, que muda ao sabor do vento e do humor dos defensores da lei. Que o diga o juiz Sérgio Moro, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, e os guardiões da Lei no STF.
RI
Os deputados estaduais aprovaram ontem, em segunda votação, matérias que modificam regras no Regimento Interno da Assembleia Legislativa.
De autoria do deputado Amarildo Cruz (PT), foi aprovado o projeto de resolução que estabelece limite de um pedido de vistas para cada deputado na apreciação dos projetos em tramitação. Segundo o presidente da Mesa Diretora, Junior Mochi (PMDB), a matéria garante mais agilidade aos trabalhos parlamentares.
VETO
A Assembleia Legislativa manteve ontem o veto total do governador Reinaldo Azambuja (PSDB) ao projeto de lei que proibia a operação dos serviços do aplicativo Uber no território de Mato Grosso do Sul.
De autoria do deputado estadual João Grandão (PT), o texto prevendo a proibição é atribuído a um forte lobby dos taxistas, que a exemplo dos grandes centros, como em São Paulo, são contra a implantação do sistema no Estado.