08/07/2016 15h55
O projeto tucano para Campo Grande pode até contar com a adesão do PMDB, que vive dias de incertezas depois que o partido perdeu alguns nomes e ainda se vê mergulhado em escândalos com as operações ‘Lama Asfáltica’ e ‘Coffee Break’. Em ambas, gente ligada à sigla está em papos de aranha, ou seja, ou presa ou respondendo a inquéritos, que também podem levá-las para ver o sol nascer quadrado.
Diante desse quadro, não resta outra opção aos peemedebistas senão o de se unirem a outra legenda e tentar eleger alguns vereadores.
BERLINDA
Se os números das pesquisas para consumo interno dos candidatos estiverem batendo com as que têm surgido na imprensa, tem gente que vai ter que correr o dobro se quiser vencer a disputa para a prefeitura mais cobiçada do Estado. O resultado já teve ter ligado o alerta daqueles que se achavam bem melhor ranqueados nesse processo que está se iniciando.
É sempre bom lembrar que a campanha deste ano é de tiro curto – 45 dias apenas – para que o resultado de antes possa mudar nesse pequeno espaço de tempo. O jeito é começar a correr já.
PLANO B
Com algumas lambanças feitas nos últimos dias pela vice-governadora Rose Modesto, pré-candidata do PSDB à prefeitura da Capital, já tem muita imaginando possível mudança na chapa majoritária tucana. É aí que deve entrar em cena o governador Reinaldo Azambuja, principal liderança do partido, para saber qual o melhor caminho de seu grupo político.
Além do mais, as últimas pesquisas divulgadas pela imprensa têm deixado o alto tucano preocupado, uma vez que dois adversários principais surgem como preferências do eleitorado.
IMPASSE
Em meio ao processo de pré-candidatura à reeleição, o prefeito Alcides Bernal (PP) corre o risco de ter cancelada sua volta à prefeitura se assim entender os ministros do STJ, ao analisarem recurso impetrado pela Câmara de Vereadores contra o chefe do Executivo. Essa batalha entre Câmara e prefeito se arrasta desde a cassação do mandato do progressista e sua consequente volta ao cargo.
Para ser mais exato, essas querelas entre os dois poderes vêm desde o início desse mandato. Tudo começou com um quase despejo dos vereadores e daí por diante.
RUIM
O ex-deputado federal Edson Giroto (PR) e o cunhado dele, Flavio Scrocchio, foram transferidos na tarde de quinta para o Presídio de Trânsito, no Noroeste, em Campo Grande. Os dois voltaram a ser presos pela Polícia Federal em desdobramento da Operação Lama Asfáltica.
Nesta nova fase, a investigação apura a venda de bens, como aviões, para dificultar a ação da polícia e do Ministério Público Federal. A PF indicou que o dinheiro obtido nessas transações estava sendo distribuído entre diversas pessoas para dificultar o rastreamento da origem dos recursos.