19/07/2016 08h30
Dos deputados estaduais candidatos a prefeitos nas eleições de outubro apenas três têm chances reais de vencer a disputa. São eles, Ângelo Guerreiro (PSDB), em Três Lagoas, Onevan de Matos (PSDB) em Naviraí, e Marquinhos Trad (PSD), na Capital. Os demais devem tornar seus nomes mais populares para facilitar a reeleição em 2018. Estão nessa condição os deputados Renato Câmara (PMDB), em Dourados, Coronel David (PSC) em Campo Grande, e possivelmente Pedro Kemp (PT), que deve se candidatar na Capital. Os demais devem ficar à margem do processo.
PARELHOS
Enquanto o PSDB tem um puxador de votos para vereador em Dourados, na Capital os tucanos não têm um nome que se destaque como Marçal Filho na terra de Marcelino Pires. Por aqui, qualquer um pode surpreender na corrida por uma vaga na Câmara, a exemplo da própria candidata à prefeita, Rose Modesto, que foi a campeã de votos na eleição passada. Aliás, foi por isso que ela acabou virando candidata à vice na chapa liderada pelo governador Reinaldo Azambuja (PSDB). Quem sabe ela não unge alguém do partido para essa missão.
TERREMOTO
A delação premiada negociada entre Marcelo Odebrecht e Procuradores da República pode abalar o Palácio do Planalto. Até seu pedido de liberdade foi cancelado por seus advogados para que ele assine esse acordo o mais rápido possível. Com isso, quem pegou dinheiro da construtora nesses últimos anos deve estar com as barbas de molho à espera do resultado dessa confissão. Ao que tudo indica, grande parte de gente ligada ao governo de Michel Temer (PMDB-SP) deve ser atingida. Se isso vier à tona antes do impeachment, o rumo das coisas pode mudar.
CALOTE 1
Os prefeitos aguardam com expectativa o repasse de R$ 11,7 milhões restantes como parte do adicional de 1% do FPM (Fundo de Participação dos Municípios). Na semana passada, em vez de creditar o repasse em sua totalidade, como prometera o presidente interino Michel Temer (PMDB-SP), o governo federal cumpriu apenas 0,75%, deixando pendentes 0,25% dos valores.
CALOTE 5
Em nível nacional, os 0,75% representam R$ 2,705 bilhões para distribuição entre os municípios brasileiros, enquanto para divisão entre as prefeituras de Mato Grosso do Sul foram depositados R$ 40.172.917,65. Segundo os gestores públicos, apesar de não resolver o problema financeiro das prefeituras, o dinheiro ameniza a situação de boa parte dos municípios no momento em que os prefeitos se organizam para fechar as contas no fim do mandato.