22/07/2016 09h01
Em reportagem da TV Morena, o delegado regional de Combate ao Crime Organizado da Polícia Federal, Cléo Mazzotti, disse que num estado democrático de direito ninguém pede o bloqueio de bens de uma pessoa se não tiver elementos suficientes que comprovem o crime. Ele se referia à indisponibilidade dos bens do ex-governador André Puccinelli (PMDB) feito pela Justiça Federal. Além disso, ele tirou todas as dúvidas que cercavam o caso ao afirmar que Puccinelli é oficialmente um dos investigados da Operação Lama Asfáltica.
DEFININHO
Aliás, como já dito aqui nesse mesmo espaço, não foi à toa que o ex-governador André Puccinelli se apressou em anunciar a retirada de seu nome da lista dos “prefeitáveis” em Campo Grande. Em princípio, o italiano foi até onde deu com sua estratégia de se dizer candidato à sucessão do prefeito Alcides Bernal (PP). Depois, sentindo a água batendo no pescoço, resolveu anunciar que não seria mais candidato ao cargo alegando recuo do PSB e do PR, que trocaram o PMDB pelo PSDB, sobretudo, pedido da família. Na verdade, o bicho tava pegando para o seu lado.
LIMITE
Embora o Tribunal Superior Eleitoral tenha definido valores das campanhas a prefeito nessas eleições de 2016, o difícil vai ser captar esses recursos de pessoas físicas, únicas que pode contribuir com os candidatos de acordo com a nova legislação eleitoral. Para se ter uma ideia, os valores liberados para Campo Grande é de R$ 6,6 milhões. Claro que isso é apenas um teto de referência definido pela Justiça Eleitoral, cabendo ao candidato gastar menos se assim o preferir. O difícil vai ser para o comitê financeiro encontrar um jeito de bater a contabilidade.
CONTAS
Já está disponível para download, no Portal do TSE, o SPCE (Sistema de Prestação de Contas Eleitorais). A ferramenta deve ser utilizada por candidatos e partidos políticos para registrar a movimentação financeira da campanha e gerar a prestação de contas. O programa deverá ser instalado no computador do usuário para preenchimento das informações. A partir de 15 de agosto, na medida em que os relatórios financeiros de campanha sejam enviados, o sistema será atualizado e possibilitará a consulta pública.
ALÍVIO
De Ponta Porã, o governador Reinaldo Azambuja (PSDB) mandou o diretor-geral do Detran suspender a taxa cobrada pela vistoria nos carros a partir de cinco anos de uso. O valor, que chegava a R$ 120 nas empresas terceirizadas, foi suspenso após muita gente ter entrado na Justiça alegando inconstitucionalidade da cobrança. O caso vai ficar em aberto até que o Contran (Conselho Nacional de Trânsito) regularize ou vete definitivamente a cobrança. Em tempos de eleições municipais, essa, pode-se dizer, foi uma tacada certeira do governador.