29/07/2016 14h30
Ninguém em sã consciência acredita que o Ministério Público Estadual vá recuar em relação à operação Coffee Break depois que um grupo de nobres causídicos resolveu atacar com unhas e dentes o trabalho da instituição. A reação veio sem seguida com o chefe do Gaeco à época, Marcos Alex Veras, e com o próprio chefe do MPE, Paulo Cézar dos Passos.
Eles refutaram com veemência as acusações dos advogados dos suspeitos de participação no esquema que cassou o prefeito Alcides Bernal (PP). Vale lembrar que as provas foram obtidas pela Polícia Federal, instituição mais séria do país.
SEM CRISE
Aliás, m grupo de notáveis que defende tanto os acusados da Coffee Break quanto os da Lama Asfáltica está rindo de orelha a orelha com o oásis encontrado pela frente. Isso porque, quando se refere aos valores cobrados de seus clientes, a imprensa tem falado em cifras de meio milhão pra cima, chegando a se aproximar de R$ 1 milhão.
Para analistas, diante de tanto dinheiro, é até normal que rechacem qualquer acusação que denigra a imagem daqueles defendidos por eles. Até coletiva convocaram para falar do caso.
RACHADO
Parece que o PMDB não tem falado a mesma língua diante da situação que vive atualmente. Enquanto a ala liderada pelo presidente da Assembleia, Júnior Mochi, pende para o lado de Rose Modesto, candidata tucana à prefeitura da Capital, a outra quer apenas concorrer com chapa solitária de vereadores e só.
Uma coisa já está decidida: a sigla não lança candidato na majoritária por falta de um nome que tenha bom desempenho nas urnas. Um fiasco eleitoral é tudo que os peemedebistas não querem ver neste momento de profunda reflexão entre seus membros.
COTAS
O governador Reinaldo Azambuja (PSDB) sancionou ontem lei que amplia a reserva de cotas para negros que prestarem concursos públicos em Mato Grosso do Sul. A alteração na lei de 2008 já havia sido aprovada pela Assembleia Legislativa.
De acordo com o texto, o que muda é que a partir desta data a reserva de vagas para negros aumenta de 10% para 20%. O montante das vagas reservadas para indígenas continua em 3% do total das ofertadas.
SUFOCO
O mais recente levantamento da CNM (Confederação Nacional de Municípios), da qual a Assomasul é filiada, comprova os reflexos da crise os municípios brasileiros. Do total de pesquisados, pelo menos 30% estão com o limite de gastos com pessoal estourado.
Pela legislação vigente, as prefeituras não podem gastar mais do que 54% da Receita Corrente Líquida com o pagamento da folha dos barnabés. A falta de recursos agrava ainda mais o problema, segundo os prefeitos em iminente fim de mandato.