20/08/2016 08h51
Com o poder reduzido depois que o STF desautorizou os tribunais de contas a barrar candidaturas de prefeitos com contas rejeitadas, conselheiros de várias regiões do país foram a Brasília se queixar da decisão que consolida o poder constitucional das Câmaras de Vereadores. Liderados Associação dos Membros dos Tribunais de Contas do Brasil, os conselheiros, entre os quais, o presidente do TCE-MS, Waldir Neves, se reuniram com o presidente interino Michel Temer (PMDB-SP), a quem reclamaram da “cama de gato” que levaram da Suprema Corte.
APÊNDICES
Aliás, é muito estranho os presidentes dos tribunais de contas procurarem o presidente interino Michel Temer para tentar mudar a decisão do STF sobre a perda de poder do órgão para as Câmaras de Vereadores. O caminho mais plausível seria um encontro com o presidente da Suprema Corte, Ricardo Lewandowski, a quem tem o poder de tentar reverter essa votação. Caso contrário, vai ficar tudo como está, ou seja, os TCEs ficando apenas como auxiliares dos Legislativos Municipais.
LOBBY
Moka (PMDB-MS) acha que a pronúncia contra a presidente afastada Dilma será aceita pelo plenário. Avalia que o processo de impeachment deve ser revisto, uma vez que a interinidade é longa, os debates são repetitivos e há tempo suficiente para amplo direito de defesa. A leitura que faz é que a Comissão Especial não esteve a julgar o caráter e a honra da petista, mas a sua conduta inadequada que atentou contra a Lei de Responsabilidade Fiscal e a Lei Orçamentária.
EX-XIITAS
Apenas 1.77% separam os candidatos a prefeito de Corumbá, Paulo Duarte (PDT) e Ruiter Cunha (PSDB), segundo levantamento do Instituto de Pesquisa Resultado. Ambos são oriundos do PT, mas resolveram abandonar a legenda por causa dos escândalos de corrupção. O primeiro tem a máquina municipal a seu favor para tentar ficar mais quatro anos no poder. Já o segundo, conta com apoio irrestrito do governador Reinaldo Azambuja (PSDB) para retomar o cargo após quatro anos.
NOVELÃO
Depois de 17 dias ininterruptos de Olimpíadas, vem aí a propaganda eleitoral encenada por nada menos que 15 candidatos a prefeito e algumas centenas de postulantes à vaga de vereador. Como em outras eleições, a audiência das emissoras de TV cai vertiginosamente nesse período. Na verdade, era para o ibope subir, pois, assim, o eleitor teria melhores condições de avaliar as propostas de cada um. Mas como a cantilena se repete, sempre, ninguém aguenta ficar ouvindo as mentiras.