27/10/2016 08h30
Apesar de se tratar de uma matéria polêmica, especialistas entendem que a PEC 241/2016, que congela as despesas do governo federal, com cifras corrigidas pela inflação, por até 20 anos, um remédio amargo, porém, necessário para conter a sangria financeira deixada por Lula e Dilma. Com as contas no vermelho, o Planalto vê na medida, considerada umas das maiores mudanças fiscais em décadas, uma saída para sinalizar a contenção do rombo nas contas públicas e tentar superar a crise econômica.
FREIO
A PEC 241 do teto dos gastos enfrenta severas críticas da oposição, liderada pelo PT, PSOL e PCdoB, mas também vindas de parte de analistas, que veem na fórmula um freio no investimento em saúde e educação previstos na Constituição. O texto da emenda, que precisa ser aprovado em mais duas votações no Senado, também tem potencial para afetar a regra de reajuste do salário mínimo oficial.
PROS E CONTRAS
Integrantes da bancada federal do Estado, os deputados Luiz Henrique Mandetta (DEM), Carlos Marun (PMDB), Tereza Cristina (PSB), Elizeu Dionizio (PSDB) e Geraldo Resende (PSDB) votaram a favor da PEC (Proposta de Emenda à Constituição) 241/2016, aprovada na noite de terça pela Câmara dos Deputados. Entre os oito deputados sul-mato-grossenses, apenas Dagoberto Nogueira (PDT), Vander Loubet (PT) e Zeca do PT votaram contra a PEC do teto dos gastos públicos.
SURDINA
O candidato do PSD à Prefeitura de Campo Grande, Marquinhos Trad, voltou a negar aliança com o prefeito Alcides Bernal (PP), seu adversário ferrenho no primeiro turno das eleições e que chamava de quadrilha o grupo político do qual ele faz parte. Em entrevista na terça à noite à TV Morena, Marquinhos sentiu-se incomodado com a pergunta feita pela apresentadora Lucimar Lescano sobre a aliança, mas confirmou o apoio do prefeito à sua candidatura.
RECOMPENSA
Na mesma entrevista, Marquinhos Trad jurou de pés juntos que não fez nenhum acordo para apoiar à candidatura de Bernal ao governo de Mato Grosso do Sul nas eleições de 2018 como recompensa a aliança firmada agora no segundo turno. “Também não houve esse acordo. Quem é que vai fazer acordo para a daqui dois anos? Nem se terminou a eleição ainda. Nem se resolveram os problemas que Campo Grande está passando. Nós temos que focar com preparo, com maturidade política”, acrescentou.