19/11/2016 08h01
Seria cômico se não fosse trágico o ato de raspar a cabeça do ex-governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral (PMDB), preso na última quinta-feira pela Polícia Federal. Mesmo em cela especial no presídio de Bangu, a máquina zero se faz necessário por causa dos piolhos, tradicionais hospedeiros nos cadeiões pelo país afora. Quem está em vias de receber a incômoda visita da PF já pode ir pensando seriamente em economizar no shampoo, pois as madeixas estão com os dias contados.
CACHIMBO DA PAZ
Tudo na base da paz e do amor. Assim pode ser definido o encontro entre prefeito eleito da Capital, Marquinhos Trad (PSD), e Rose Modesto (PSDB), vice-governadora e candidata derrotada por ele no segundo das eleições municipais deste ano. Entretanto, ela não deixou de pedir que ele cumpra os compromissos assumidos em campanha, mas também o cumprimentou pela vitória. Um dos assuntos tratados foi com relação à abstenção. Para eles, um recado do povo.
APOIO
Ao não ter maioria na Câmara de Vereadores para referendar seus projetos para Campo Grande, Marquinhos Trad não hesitou em pedir ajuda a Reinaldo Azambuja (PSDB), que tem sob sua orientação a maioria dos eleitos. De forma republicana, o governador se comprometeu em dar sua contribuição ao prefeito eleito, tanto no Legislativo quanto na parceria na futura gestão. Diante dessa sinalização, o ainda deputado Marquinhos Trad saiu satisfeito do encontro. E não era pra menos.
NEGADO
O STF decidiu que, quando a União conceder incentivos fiscais e, por isso, a arrecadação diminuir, deverá repassar valores menores ao FPM, mantendo o percentual de direito às prefeituras. Os municípios defendiam o repasse de valores considerando o total que poderia ser arrecadado no Imposto de Renda e no Imposto sobre Produtos Industrializados, sem as desonerações. Argumentavam que não seria justo as prefeituras serem prejudicadas por conta dos incentivos.
EM CASA
O ministro Teori Zavascki, do STF, atendeu a pedido da defesa do pecuarista José Carlos Bumlai, acusado na Operação Lava Jato de ter atuado em favor do ex-presidente Lula em irregularidades, e autorizou que ele fique em prisão domiciliar. A defesa argumentou que Bumlai foi preso em novembro de 2015 e, em razão do diagnóstico de doença grave (um câncer na bexiga), o juiz federal Sérgio Moro, do Paraná, concedeu prisão domiciliar. Mas, em agosto, o magistrado determinou o retorno à prisão.