24/11/2016 08h02
O deputado Maurício Picarelli (PSDB) não tem tido motivos para andar de bom humor nesses últimos dias. Primeiro, porque não conseguiu reeleger sua mulher, Magali (PSB), à vereadora na Capital. Segundo, porque querem tirar seu mandato por força de uma ação no MPF por ele manter vínculo com órgão cuja concessão é pública. O estranho nisso tudo é que o proponente dessa demanda advogava para outra emissora do Missionário RR Soares até bem pouco tempo. Vai entender.
COSTURAS
Tudo caminha para que um nome do PSDB lute pela presidência da Assembleia Legislativa no biênio 2017/18. O governador, principal interessado no assunto, liberou sua bancada para que ela decida o nome do partido que vai concorrer ao cargo. E pretendente é o que não falta. Vai de Rinaldo a Onevan, passando por Picarelli e Beto Pereira. Nesse caso, o consenso para se estabelecer uma chapa única deve passar longe, pois partidos aliados também desejam o comando da Casa.
IMPEDIMENTO
Era só o que faltava um preso deixar a cadeia e assumir função pública da mais alta relevância como se as acusações que pesam contra ele fossem totalmente infundadas. A pessoa em questão é o Procurador Jurídico da Câmara de Vereadores da Capital, André Scaff, solto ontem por determinação judicial.
REBELIÃO
O que tem de prefeito pelo país afora indignado com a CNM (Confederação Nacional de Municípios) não é mole. Os gestores se queixam que, enquanto os governadores batem duro e conseguem o dinheiro das multas da repatriação de recursos do exterior, os municípios ficam a ver navios. Há dias, o Tesouro Nacional liberou R$ 85 milhões para os municípios de MS referentes ao imposto do dinheiro repatriado, mas os prefeitos também querem a cota-parte das multas, a exemplo dos governos estaduais.
NA MARRA
O governo arrecadou R$ 46,8 bilhões com a cobrança de IR e multas dos contribuintes que aderiram à “repatriação”. A princípio, os estados ficariam com R$ 4 bilhões desse total – parte da arrecadação apenas com o IR. Governadores, porém, exigiam também uma parcela das multas. Diante da resistência do governo, entraram com ação no STF. E só lucraram. Isso abriu os olhos dos prefeitos, que agora cobram atitude da CNM.