13/02/2017 07h05
Do jeito que o texto original da proposta da reforma previdenciária está, impondo aposentadoria na “velhice extrema”, só Deus para livrar os nobres representantes do povo da guilhotina em 2018. Há dias, o presidente da Comissão que analisa a reforma, Carlos Marun (PMDB-MS), se reuniu com o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, para discutir o cronograma da proposta. A proposta inicial é que a idade mínima para se aposentar seja de 65 anos e 49 anos de contribuição para receber 100% do benefício.
CALENDÁRIO
Indicado para descascar tremendo abacaxi, Marun prevê que a comissão deve aprovar o relatório até o final de março e início de abril, para só depois, remeter o texto infeliz ao plenário da Câmara dos Deputados. O gaúcho, radicado em Mato Grosso do Sul, acredita que até junho pode ter o texto aprovado no Senado, mas a expectativa é que a pauta sobre a reforma entre por lá, somente no segundo semestre deste ano.
DEBATE
Em entrevista à imprensa, Marun declarou que cabe a ele fazer a condução do projeto e não decidir o mérito. “Vamos fazer uma condução serena, mas num ritmo constante para que, sem atropelo, possamos ouvir os seguimento da sociedade e construir a nossa convicção”. Apesar disso, evitou comentar se o Congresso Nacional pode vir eventualmente, alterar a proposta encaminhada pelo presidente Michel Temer, de quem é correligionário, embora desafeto por ter suas ligações com o detento Eduardo Cunha (PMDB-RJ).
PROBLEMÃO
Desde que assumiu a cadeira deixada por Bernal (PP), Marquinhos Trad (PSD) administra praticamente a questão do tapa-buracos em Campo Grande, isso porque por onde se anda, quer na área central ou na periferia, o que mais se vê são verdadeiras crateras no asfalto, colocando o trânsito em risco. No sábado, por exemplo, duas pessoas ficaram feridas depois do pneu de um carro estourar e bater em um coqueiro na Avenida Ernesto Geisel.
AQUI NÃO
Os prefeitos não gostaram, mas o plenário da Câmara rejeitou o regime de urgência para o projeto de lei que permite a criação de consórcio público municipal mesmo se uma das prefeituras integrantes esteja com o nome sujo. O projeto, com origem no Senado, permite que consórcios formados com municípios que estejam com pendências no Cauc (Serviço Auxiliar de Informações para Transferências Voluntárias) continuem a celebrar convênios e outras atividades financeiras.