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sábado, 23 de novembro de 2024

SPC

20/03/2017 13h58

Apesar de seu suposto envolvimento em episódios políticos comprometedores, André Puccinelli (PMDB) ainda nutre esperança em poder concorrer a cargo eletivo nas próximas eleições, uma espécie de “sonho de consumo” da cúpula peemedebista. Não é a toa que o ex-governador tem se reunido com lideranças políticas, recepcionado prefeitos, ex-prefeitos e vereadores com pompa de candidato. No entanto, tudo vai depender do desenrolar de investigações que até agora têm colocado muita gente graúda na cadeia.

NÓDOA

A preocupação da cúpula peemedebista é que, além do enrosco da Operação Lama Asfáltica, que levou para a cadeia o ex-deputado federal Edson Giroto e o empresário João Amorim, André Puccinelli convive com outro grande fantasma: o fato de ter R$ 2,5 milhões bloqueados por determinação do desembargador federal Marcelo Saraiva, da quarta turma do TRF-3 (TRF) da 3ª Região, o que pode torná-lo inelegível.

AÇÃO

A restrição atende recurso do MPF (Ministério Público Federal), que move ação civil pública de improbidade administrativa contra André Puccinelli. É que, em 2012, o ex-governador teria convocado servidores comissionados e, durante reunião, coagido os subordinados a votarem em determinados candidatos sob pena de exoneração. O episódio foi gravado e as imagens levadas até o MPF.

PEDINTE

O prefeito de Três Lagoas, Ângelo Guerreiro (PSDB), reviu amigos e companheiros de partido na semana passada ao dar uma passada na Assembleia Legislativa, de onde saiu para comandar uma das maiores cidades de Mato Grosso do Sul. Em uma conversa descontraída com a deputada Mara Caseiro (PSDB) disse que agora está do outro lado do “balcão”, referindo-se ao fato de antigamente ser procurado por prefeitos em busca de emendas, papel hoje exercido por ele.

IRRITAÇÃO

A Operação Carne Fraca abalou o país, deixando muita gente com uma pulga atrás da orelha, incluindo o consumidor. A notícia irritou o governador Reinaldo Azambuja (PSDB), que também é um dos grandes produtores rurais do Estado. “A forma de divulgação das notícias tem apresentado o problema maior que ele é. O Brasil possui um sistema de vigilância sanitária extremamente eficiente, reconhecido no mercado internacional. O risco hoje é desestruturar a cadeia produtiva de aves, bovinos e suínos, comprometendo as exportações e o consumo interno”.

SPC

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