27/03/2017 08h03
Se não bastasse o bloqueio de R$ 2,5 milhões de sua conta em decorrência de ação civil pública de improbidade administrativa, movida pelo MPE-MS, o que pode torná-lo inelegível, André Puccinelli (PMDB) terá outro pepino pra descascar, depois que a Justiça aceitou ação por dano ao erário contra ele por ter adesivado mais de 300 ônibus do programa ‘Caminhos da Escola’ com a marca do governo de MS. Na verdade, os veículos foram doados pelo governo federal, mas o italiano quis capitalizar politicamente.
DEU RUIM
A bronca do MPE-MS contra André foi atestada pelo juiz Alexandre Tsuyoshi Ito, que também incluiu na ação a ex-secretária de Educação, Maria Nilene Badeca e a ex-diretora-geral de Administração e Finanças da Secretaria de Governo, Guiomar Emília Archondo de Aliaga. O peemedebista até tentou se esquivar dizendo não ter culpa na manobra. Contudo, para o magistrado, a imagem de um governo está ligada a de seu governador. Os adesivos fixados nos ônibus escolares continham os seguintes dizeres:‘Doado pelo Governo do Estado MS’.
LISTÃO 1
Duas propostas de mudança do sistema eleitoral brasileiro podem ser combinadas em um único modelo na reforma política que o Senado pode promover ainda este ano. O voto em lista fechada, defendido pelo presidente da Casa, Eunício Oliveira, e o voto distrital, encampado por vários senadores, se unem na PEC 61/2007, que a CCJ (Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania) já pode votar.
LISTÃO 2
A PEC institui o sistema chamado de proporcional misto para a Câmara dos Deputados, que mistura características da lista fechada — em que o eleitor vota apenas em um partido, e os candidatos são eleitos a partir de listas partidárias pré-definidas — e do modelo distrital —, em que os estados são repartidos em distritos e cada distrito elege um representante, numa disputa majoritária.
MISTO
Nesse sistema misto, os eleitores teriam direito a dois votos para a Câmara: um para o candidato específico do seu distrito e outro para um partido de sua escolha. Metade dos deputados de cada estado viria das disputas nos distritos, e a outra metade sairia das listas partidárias. Neste último caso, o que decidiria os vencedores seria a votação proporcional de cada partido.