07/06/2017 08h36
Como já era esperado, sindicalistas lotaram o Plenário da Assembleia Legislativa na sessão de ontem para cobrar reajuste salarial do governo. Até bate-boca entre governistas e oposição acabou acontecendo na acalorada discussão. O PT, como sempre, puxou o coro dos descontes ao exigir que o governador Reinaldo Azambuja (PSDB) conceda aumento à categoria ou que reponha a inflação do período. Afinal, é em momentos assim que os petistas gostam de aparecer.
Posicionamento
Em relação a esse tumulto, o momento é oportuno para que os parlamentares se posicionem segundo suas convicções e não se calem diante das pressões, muito naturais em situações como essas. Se entenderem que as finanças do governo não suportam um reajuste neste momento, que defendam essa posição sem pensar em eleição de 2018. O desgaste é natural, mas nada que justifique fazer política com o estômago. É em embates assim que se conhece o bom legislador.
Reajuste zero
A Assembleia Legislativa criou uma comissão composta por cinco deputados para intermediar as discussões entre os servidores públicos e o governo do Estado relacionadas ao reajuste salarial anual. Representantes das diversas categorias lotaram o da Casa, durante a sessão de ontem. Eles criticaram o chamado “reajuste zero” e a não incorporação do abono de R$ 200,00 ao salário – o benefício foi prorrogado até 31 de dezembro de 2018.
Voo alto
Pedro Chaves (PSC-MS) foi eleito na terça vice-presidente do Conselho de Ética e Decoro Parlamentar do Senado. Para a presidência foi reeleito o senador João Alberto Souza (PMDB-MA).Em seu discurso, Chaves destacou que é fundamental dar celeridade ao processo que investiga vários colegas.”Eu sei que o momento é de muita turbulência, mas é fundamental darmos celeridade ao processo. Vamos solicitar a Procuradoria Geral da União e ao STF os nomes de todos os parlamentares envolvidos e os tipos de investigação, porque precisamos dar fim a esse impasse”, sugeriu.
Fedeu
A Justiça Federal e a PF não têm brincado em serviço. Desta vez, mandaram para trás das grandes o potiguar Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), eleito 11 vezes consecutivamente a deputado federal pelo Rio Grande do Norte, presidente da Câmara e ministro. Com isso, a Lava-Jato dá seu recado de que ninguém implicado em falcatruas no país ficará impune. Quem tem culpa no cartório, pode ir tratando de arrumar as malas e aguardar uma visitinha nada agradável. E sempre bem cedinho.