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sábado, 23 de novembro de 2024

Efeito dominó

12/07/2017 07h47

Uma eventual queda de Michel Temer (PMDB-SP) pode trazer consequências profundas ao PMDB de Mato Grosso do Sul. Desgastado desde o impeachment de Dilma Rousseff, cujo aval foi dado pelo partido ao governo da petista, agora corre o risco de experimentar do mesmo veneno. Mas não é só isso que conta nessa história toda. Independente do atrelamento ao PT em nível nacional, por aqui suas lideranças pisaram feio na bola e agora ficam na moita à espera dos passos dados pela Justiça.

Rédea solta

Aliás, a cada dia que passa o presidente Temer perde mais e mais apoio de siglas consideradas aliadas, como o PSDB, por exemplo, que comanda alguns ministérios. Na noite da última segunda-feira, reuniu alguns próceres do tucanato, entre os quais o governador Reinaldo Azambuja (MS), e decidiu liberar sua bancada na Câmara para votar pela aceitação da denúncia contra o peemedebista. Com essa decisão, a porteira será aberta e, com isso, pode trazer mais siglas a reboque.

Sem valor

A vida de um cidadão, ceifada de modo torpe e cruel, valeu apenas poucos anos de cadeia a quem cometeu esse bárbaro crime. Foi o caso da morte do ex-vereador Alceu Bueno, torturado pelos meios mais cruéis possíveis e, por último, queimado. O réu confesso foi sentenciado a 22 anos de prisão, dos quais vai cumprir apenas parte da pena atrás das grades. Se tiver bom comportamento, passa a ter progressão de regime. Isso prova que a vida humana não tem nenhum valor perante as leis.

Protesto

A previsão de redução dos recursos provenientes do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) destinados aos municípios foi criticada pelo deputado estadual Amarildo Cruz (PT) durante a sessão de terça. Segundo ele, balanço provisório divulgado pela Sefaz (Secretaria de Estado de Fazenda) demonstra que 27 dos 79 municípios do Estado receberão menos recursos em 2018, enquanto 52 terão mais dinheiro.

Sem essa

Ao criticar a área econômica do governo tucano, Amarildo Cruz disse que não existe justificativa para isso. “No caso de Campo Grande, serão quase R$ 7 bilhões que a cidade vai perder ao longo do ano”, afirmou o deputado. Ele reiterou que a definição dos índices deve priorizar critérios técnicos e questionou a destinação da verba. “Sabemos que o ‘bolo’ dos recursos é um só, então para onde irá o dinheiro? Não há motivação para uma distorção tão grande”, disparou.

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