14/03/2018 08h09
Willams Araújo
Cadê o homem
Passou despercebida a presença do juiz aposentado Odilon de Oliveira, pré-candidato do PDT ao governo de MS, no Comper da Avenida Eduardo Elias Zarhan, em Campo Grande, no começo da noite de terça-feira (13). Ninguém, absolutamente ninguém deu bola para o neobrizolista que empurrava um carrinho de compras, observado a pequena distância por dois seguranças. Em outras palavras, se fosse um fenômeno eleitoral mesmo ou nome de peso como seu colega Sérgio Moro e Jair Bolsonaro, certamente muita gente parava pra cumprimentá-lo ou tirar fotografias.
Exageros à parte…
Novas turbulências nos meios políticos e judiciais vieram à tona depois que o ministro Carlos Marun (Secretaria de Governo) cogitou pedir o impeachment de ministro do STF, Luis Carlos Barroso. Exagero à parte, o emedebista sul-mato-grossense acertou em cheio quando lembrou que Barroso foi advogado do italiano Cesare Battisti e afirmou que essa teria sido a razão para Dilma Rousseff o ter escolhido para o Supremo. Disse ainda que ele usou indulto de Natal assinado pela então presidente, semelhante ao de Temer, para liberar os petistas Delúbio Soares, José Genoíno e José Dirceu.
Espanou
Para quem se postava como conselheiro político e muitas vezes como consultor de agentes públicos menos experientes, a prisão do ex-secretário de Obras de André Puccinelli (MDB), Edson Giroto (PR) representou uma baixa muito grande para correligionários e dirigentes de partidos aliados ao ex-governador no momento de sua pré-candidatura ao governo do Estado. Além do mais, o ex-deputado parecia continuar com o mesmo trânsito à época em que atuava pelos corredores palacianos, incluindo o Congresso e a Esplanada dos Ministérios. Era só passar na frente de seu escritório, em Campo Grande, para ver a romaria de políticos em busca de apoio para emplacar projetos de interesse.
Condenadas
Uma das propostas importantes da agenda do Senado, que tem ganhado força e prioridade com as comemorações do Dia Internacional da Mulher, é o projeto de lei (64/2018), da senadora Simone Tebet (MDB-MS). O projeto flexibiliza as penas de mães e gestantes condenadas. A proposta torna lei à decisão do STF (Supremo Tribunal Federal), divulgada no dia 20 de fevereiro, que concedeu prisão domiciliar para gestantes e mães de crianças até 12 anos presas preventivamente.
Restrição
A determinação da Corte, contudo, não vale para as condenadas pela Justiça. Segundo Simone Tebet, a decisão do STF “foi tímida” ao não abranger a situação das mães que cumprem pena privativa de liberdade. Por esse emotivo, a senadora sul-mato-grossense considera o projeto um avanço na legislação, já que traz previsões para as mulheres condenadas. A proposta também receberá decisão final da CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) e conta com o apoio do relator, senador Antonio Anastasia (PSDB-MG).