14/05/2018 07h35
Willams Araújo
Respingos
Muitos acreditam que não, mas analistas vêem na prisão do ex-deputado federal Edson Giroto (PR) e do empreiteiro João Amorim um estrago considerável na possível campanha do ex-governador André Puccinelli (MDB) ao governo de Mato Grosso do Sul. Na verdade, a decisão do STF (Supremo Tribunal Federal) que levou os dois de volta à cadeia pode significar algo mais nas pretensões dos principais dirigentes do MDB na eventualidade de uma delação premiada.
Ligações perigosas
A Operação Lama Asfáltica, da Polícia federal, apura prática de crimes como corrupção, lavagem de dinheiro, desvio de recursos públicos, peculato e direcionamento de licitações, com prejuízos que podem chegar a R$ 2 bilhões, segundo levantamento apontado pela força tarefa formada por Polícia Federal, CGU (Controladoria-Geral da União), Receita Federal e MP-MS (Ministério Público Estadual). Por conta disso, cai por terra também as pretensões de Giroto em disputar uma vaga na Câmara dos Deputados em outubro.
Tour
De bem com a vida, o ex-deputado estadual Walter Carneiro decidiu fazer um verdadeiro tour na Europa com a família. Na foto, aparece na Alemanha, país tem a maior população da União Europeia e é também o lar da terceira maior população de migrantes internacionais em todo o mundo. Carneiro foi vereador por Dourados, de onde saiu para representar o município por três mandatos na Assembleia Legislativa, da qual teve uma brilhante passagem pela presidência da Mesa Diretora da Casa.
Oportunismo
Após caciques do MDB se movimentarem nos bastidores contra uma eventual candidatura própria do partido, o ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun (MDB-MS), disse à imprensa que “felizmente esses pensamentos derrotistas e adesistas não são majoritários”. Chamou de “oportunista” o pedido de alguns emedebistas para que a sigla permaneça neutra na disputa e não apoie nenhum candidato à Presidência este ano para liberar os Estados. Ele ponderou, no entanto, que “cada um pode ir ter seus pensamentos”.
Chance zero
Marun diz ter certeza que o governo terá candidato e que é “provável” que seja um integrante do MDB. Neste caso, os nomes cotados são os do presidente Temer e do ex-ministro Henrique Meirelles. Na última pesquisa realizada pelo Datafolha, em abril, ambos não ultrapassam 2% das intenções de voto. Sobre o baixo índice de aprovação dos pré-candidatos do MDB, disse que o partido vai para as eleições “torcendo para que a população caia na real”. “Eleição se ganha e se perde. Ninguém pode apresentar à população o conjunto de realizações que nós promovemos. Não existe receita para o país melhor que a nossa”, defendeu.