25/05/2018 08h23
Redação
Sem combustível
O mais recente comentário nas rodinhas políticas palacianas é que o juiz aposentado Odilon de Oliveira, pré-candidato do PDT ao governo de Mato Grosso do Sul, teria pedido a ninharia de R$ 35 milhões para que o senador Pedro Chaves (PRB) pudesse concorrer à reeleição em sua chapa majoritária nas eleições de outubro. Pelo andar da carruagem, vai ser difícil tocar a campanha em todo o Estado usando apenas discurso, ou seja, sem dinheiro para abastecer o tanque do carro.
Tudo ou nada!
O ex-governador André Puccinelli (MDB) tenta voltar ao governo estadual pela terceira vez e terá o apoio incondicional do presidente Michel Temer, de quem é correligionário e amigo desde que atuaram juntos na Câmara dos Deputados. Apesar do desgaste do governo, principalmente agora depois da alta dos preços dos combustíveis e a conseqüente greve dos caminhoneiros, a ordem no MDB nacional é dar todo suporte as bases eleitorais.
Ponte aérea
Aliás, o ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun (MDB-MS), é o principal articulador político entre André Puccinelli e o presidente da República, cujo desejo é eleger a maioria dos governadores do país nas eleições de outubro. O difícil será manter um discurso que convença o eleitoral diante desse cenário turbulento que o país enfrenta desde que Temer desembarcou no Planalto a partir da queda de Dilma.
Racha
Presidente regional do Democratas, o ex-prefeito Murilo Zauith tinha até boas intenções de disputar o governo do Estado nas eleições de outubro, atendendo ao chamamento de boa parcela da população não apenas de seu município, mas de toda a região da Grande Dourados que há anos participa de pleitos apenas na condição de coadjuvante. No entanto, o partido está dividido entre apoio a Reinaldo Azambuja (PSDB) e André Puccinelli (MDB). Murilo e Zé Teixeira (DEM) preferem à reeleição do tucano, enquanto os deputados federais Mandetta e Tereza Cristina apoiam o italiano.
Fundão
O MDB de Temer e de André Puccinelli abocanhará a maior fatia do Fundo Eleitoral público, de R$ 1,716 bilhão, para financiar campanhas, conforme resolução aprovada nesta quinta-feira (24) pelo plenário do TSE (Tribunal Superior Eleitoral). O partido deve ficar com R$ 234,19 milhões, segundo a regulamentação, para investir na campanha de seus candidatos aos cargos majoritários (Presidente da República, governadores e senadores) e proporcionais (deputados estaduais e federais).
Cancelado
Os diretórios estadual e nacional do PSDB decidiram adiar a visita do ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, pré-candidato do partido à Presidência da República, a Mato Grosso do Sul. O tucano de alta plumagem participaria no sábado de encontro com lideranças no Clube Nipo Brasileiro, em Campo Grande. O motivo, segundo as cúpulas partidárias, seria a greve dos caminhoneiros que afetou o abastecimento de combustível em todo país.