29/05/2018 08h03
Willams Araújo
Querosene
O protesto dos caminhoneiros acabou servindo para dois perfis de candidatos a cargos eletivos em Mato Grosso do Sul: aqueles que se aproveitam da situação para malhar ainda mais o governo, chamados de oportunistas, e os que preferem ficar do lado dos manifestantes para bancar o bonzinho. Como o eleitorado já conhece bem cada um de seus representantes só escapará da guilhotina das urnas o bom agente públicos com relevantes serviços prestados à população.
Brasa
Cresce nos bastidores do partido de Zeca do PT um movimento para boicotar as eleições à Presidência da República. É que, segundo os xiitas do grupo, a prisão de Lula tem o exclusivo objetivo de afastá-lo das urnas e sem Lula a eleição de outubro é ilegítima. Assim sendo, o partido vai levar a candidatura de seu líder até o fim. Mesmo com Lula preso, será pedido o registro de sua candidatura ao TSE, segundo escreve o colega Octávio Costa, do JB.
Pior
Octávio Costa revela ainda que se o registro for negado a candidatura de Lula, haverá recurso ao STF. No caso de derrotas na Justiça, o partido vai recorrer a Cortes internacionais, em São José da Costa Rica e em Haia. Segundo ele, não há plano B, com candidatura alternativa à de Lula. E é forte o rumor de que o partido pode ficar fora da corrida ao Palácio do Planalto. A história se repete, a exemplo de 1985, quando o PT ficou fora da escolha presidencial no Colégio Eleitoral inconformado com a derrota do movimento pelas Diretas Já.
Remédio amargo
O FPM (Fundo de Participação dos Municípios) registrou considerável elevação – 23% – no mês de maio deste ano em relação a abril, mas a projeção é que deva despencar em torno de 40% somando-se os meses de junho e julho deste ano, segundo a Assomasul (Associação dos Municípios de Mato Grosso do Sul). Diante das projeções pessimistas, o presidente da entidade municipalista, Pedro Caravina (PSDB), recomenda cautela nos gastos.
Queda livre
Os números indicam um decréscimo de 20% em junho com relação a maio, e em torno de 18% a 20% em julho, comparando-se ao mês anterior, totalizando uma queda de cerca de 40% no fundo constitucional que é transferido para a conta das prefeituras a cada dez dias do mês. Os dados deixam os prefeitos em polvorosa, principalmente agora diante de nova crise desencadeada a partir do protesto dos caminhoneiros que afetou diretamente as prefeituras.