04/06/2018 07h54
Willams Araújo
Conexão
Faltam pouco mais de quatro meses para o primeiro turno das eleições, mas os pré-candidatos a cargos eletivos em Mato Grosso do Sul, especialmente os interessados no Parque dos Poderes, ainda esboçam seus programas de governo, ensaiam o que falar visando convencer a população diante de um quadro tão complicado para a classe política de um modo geral. Afinal, os noticiários têm sido desanimadores nos últimos dias, desestimulando cada vez mais o eleitorado em todos os níveis da sociedade.
Verde Oliva
A greve dos caminhoneiros, além dos transtornos e da devastação econômica que trouxe para o Brasil, aproximou demais o país do abismo, ameaçando inclusive a democracia, uma vez que uma parcela da população chegou a pedir na frente dos quartéis a intervenção militar. Aliás, o ruído das ruas desmontou de vez o discurso otimista do ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun (MDB-MS), de que o governo do presidente Temer está no caminho certo. Ninguém acredita em mais nada!
Até a morte
Em sua incansável campanha em favor da candidatura do ex-presidente Luis Inácio Lula da Silva, preso por corrupção, o deputado federal Zeca do PT publicou a seguinte frase em sua conta do facebook: “Eram todos Joaquim Barbosa. Depois todos Cunha; todos Moro. Agora todos caminhoneiros. Eu não mudei, sou Lula”. O ex-governador de Mato Grosso do Sul, além de pedir votos para o Senado, quer seu companheiro de partido de volta à Presidência da República.
Ruínas
A criação da CPI da Petrobras já conta com 29 assinaturas, duas além do mínimo exigido. O objetivo da Comissão Parlamentar de Inquérito é investigar a política de reajuste dos combustíveis. Autora da proposta, a senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), alega que no governo Lula, que está preso por corrupção, os aumentos dos combustíveis eram anuais, enquanto na gestão Temer, foram 229 variações de preços do diesel, álcool e gasolina.
Ação Municipalista
Depois da Marcha a Brasília em Defesa dos Municípios, liderada pela CNM (Confederação Nacional de Municípios) e pela Assomasul (Associação dos Municípios de Mato Grosso do Sul), na esfera estadual, os prefeitos serão mobilizados no segundo semestre para cobrar ações do governo. A programação dos eventos promoverá maior incentivo a campanha pela decisão definitiva do STF sobre a redistribuição dos recursos arrecadados com a exploração dos royalties de petróleo, suspensa por decisão monocrática da Corte. A reivindicação é de que a partilha desse recurso ocorrerá entre os 5.568 municípios.