19/06/2018 07h38
Redação
Costuras
A Copa do Mundo freou a movimentação política em torno das eleições em Mato Grosso do Sul, embora sejam absolutamente normais algumas conversas de bastidores visando à composição das chapas de candidatos aos cargos majoritários e proporcionais. O certo é que enquanto não forem fechadas as alianças, que definirão a dimensão de cada candidato, e não forem realizadas as convenções, oficializando a lista de concorrentes, não devem surgir fatos novos capazes de alterar o quadro atual.
Prato frio
Desgastado por causa do governo capenga do presidente Michel Temer, principal cabo eleitoral de André Puccinelli em Mato Grosso do Sul, o MDB ainda não sabe o que fazer com a candidatura de Henrique Meirelles, depois que o Datafolha revelou o elo entre a rejeição a Temer e os resultados econômicos. Aliás, as principais raposas do partido foram advertidas publicamente pelo ministro Carlos Marun (Secretaria de Governo) sobre o risco que corre caso não mude de estratégia a tempo.
Rabo de saia
Nas eleições legislativas deste ano, além da cota de 30% das candidaturas para mulheres, os partidos terão que destinar a elas o mesmo percentual de tempo de televisão e de recursos do fundo eleitoral que financiará as campanhas. Em âmbito estadual, o PMB (Partido da Mulher Brasileira) terá 80% da chapa de candidatos aos cargos proporcionais de mulheres, conforme jurou na cruz o barnabé graduado da Assembleia Legislativa, Dorival Betini, ao assumir em março deste ano o comando da legenda nanica.
Descrença
Marun disse domingo esperar um “momento de lucidez do eleitorado” e chamou o ex-presidente Lula (PT) e o deputado Jair Bolsonaro (PSL) de “mascotes do retrocesso”. Ao ser questionado sobre o resultado da pesquisa Datafolha, mostrando que 82% dos brasileiros consideram o governo de Michel Temer ruim ou péssimo – um recorde de impopularidade -, Marun insinuou existir um movimento articulado para que “feitos” da administração do MDB não sejam reconhecidos.
Amnésia
Fiel escudeiro do governo Temer, Marun diz ter a certeza que o ‘poderoso chefão’ continua no caminho certo, tocando as rédeas do país sem cometer erros, como aponta a oposição. “Qual das atitudes do governo foi errada?”, pergunta. “Embora estejamos em uma situação difícil, nós temos de continuar fazendo o que é certo e lamentamos que a população não reconheça as coisas boas que fizemos. Aliás, todos os que estão na liderança da pesquisa são mascotes do retrocesso”, afirmou o ministro, em uma referência indireta a Lula e a Bolsonaro.