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quarta-feira, 25 de dezembro de 2024

Pesquisa revela que brasileiros que vivem de forma leve sentem mais prazer em viver

06/07/2018 09h24

Redação

Se todas as pessoas reagissem de forma explosiva a cada problema que tivessem, o mundo estaria ainda mais caótico. Buscar maneiras de levar uma vida mais leve parece ser a medida mais eficaz para manter a postura tranquila e superar contratempos.

A considerar uma pesquisa nacional feita no primeiro semestre deste ano pelo Ibope Conecta e pela Quanta Pesquisas e Estudos de Mercado, 97% dos brasileiros que fazem isso conseguem levar uma vida mais prazerosa. O número reflete as respostas de homens e mulheres, com mais de 18 anos, a questionário aplicado entre janeiro e fevereiro, pela internet.

E será que os efeitos colaterais da vida “pesada” – estresse, doenças e desgastes emocionais – têm se manifestado mais e alertado as pessoas sobre a nocividade de manter certos padrões de comportamento?

TRÊS PERFIS

Participantes voluntários que colaboraram com suas opiniões e depoimentos foram divididos em três diferentes perfis. O primeiro, chamado de grupo “Atitude Leve”, compõe 29% dos entrevistados. O segundo, “Controladores”, inclui aqueles que gostam de ter controle sobre vários aspectos da vida e que, apesar de ser menor do que o anterior, representa quase um quarto da população pesquisada. A terceira classificação de entrevistados não está em nenhum dos dois extremos e seu comportamento oscila entre uma atitude leve e controladora diante da vida.

Com o intuito de identificar qual postura é a mais presente na vida do brasileiro, o estudo mostrou aos participantes da pesquisa 38 situações do cotidiano e pediu para que eles respondessem como lidam ou lidariam com elas.

O estudo demonstrou que as pessoas que mantêm postura leve lidam com as adversidades do cotidiano com mais facilidade, em comparação àquelas que necessitam controlar o que acontece ao seu redor. No trânsito, por exemplo, 50% das pessoas do grupo “Atitude Leve” afirmam que tentam se distrair para enfrentar os engarrafamentos das cidades, enquanto apenas 29% dos que se mostraram controladores optam por essa alternativa. No trabalho, 33% das que estão no primeiro grupo dizem não se estressar, enquanto somente 15% do segundo grupo fazem essa mesma afirmação. Ainda no ambiente profissional, 45% do segmento que adota postura leve procura manter o alto-astral, mesmo quando têm que trabalhar até tarde, porém, apenas 16% dos “controladores” têm essa reação.

Notou-se, também, diferença com relação às posturas que afetam o estado emocional dos entrevistados. Aproximadamente 30% dos que têm perfil controlador ficam pessimistas com os problemas do dia a dia, contra apenas 3% do grupo “Atitude Leve”. Enquanto apenas 10% dos de postura leve sentem angústia com as notícias do dia a dia, esse número sobe para 30% entre os “Controladores”.

EXPERIÊNCIA

A aposentada Maria Izabel Luz, 63 anos, de Campo Grande, afirma que a experiência a ajudou a lidar com os problemas de um jeito melhor. Entender que era mais favorável se aproximar do que e de quem gostava, em vez de se isolar, foi a tática que a ajudou a resolver muitas questões. “Passei por alguns períodos de estresse e fui entendendo que era melhor ficar ao lado de quem gosta da gente, principalmente da família, para resolver”, conta.

O jornalista Antonio Negruny chegava a ficar tão ansioso quando estava diante de algo complicado, que o ritmo do coração mudava. “Comecei a desenvolver uma cardiopatia, que se manifesta especialmente quando eu lido com o estresse do cotidiano. Agora, estou adotando uma filosofia de lidar com os problemas ou desafios da vida com menos estresse e desvio de energia. Quero evitar rugas e problemas no coração”, conclui.

(*) Correio do Estado

Foto/Divulgação

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