Elas são maioria em setores como Viveiro, Planejamento Florestal e Qualidade Industrial e chegaram a cargos como Gerente de Manutenção e Operadora de Grua
Na Suzano, mulheres quebraram barreiras e mostraram que a ideia inicial da existência de cargos por gênero está ultrapassada. Em Mato Grosso do Sul, elas já são maioria em diversos setores e chegaram a cargos até então ocupados só por eles, como Soldadora, Operadora de Grua, Operadora de Painel e Gerente de Manutenção.
Este último posto é ocupado por Gretta Lee Dias Facholi – primeira mulher a ser promovida a gerente de Manutenção na empresa. Com 16 anos de Suzano, Gretta chegou a Três Lagoas em 2004, antes mesmo da inauguração da fábrica, para trabalhar como Engenheira Júnior.
“O empoderamento tem relação com crescimento pessoal, entender suas fraquezas e seus pontos fortes. Muitos gestores homens apostaram em mim e cada um que me desafiou, na verdade, ajudou no meu desenvolvimento profissional. E foram muitos os desafios lançados, de forma igual entre homens e mulheres. O que foi muito positivo. Quero ser vista como uma profissional, não só como uma mulher. Quero merecer e que a empresa me queira. Esses sempre foram meus objetivos”, destacou.
Gretta acompanhou de perto esse movimento de chegada das mulheres em áreas tradicionalmente ocupadas por homens. Hoje, são 15 mulheres no seu time, entre elas: mecânicas, operacionais e soldadoras. “E elas estão indo muito bem. A mulher tem uma organização diferenciada, o que contribui para o planejamento em uma empresa. A contratação de uma soldadora foi uma quebra de paradigmas dentro da oficina. Não existem mais funções para homens ou para mulheres. Existem funções e pessoas capacitadas, ou não, para executá-las. Havendo mulheres capacitadas e com vontade de vencer, não tem limite”.
Ozenir Costa Rolan é a prova de que, com foco e persistência, é possível superar qualquer obstáculo. Com sete anos de carreira, hoje ela é considerada uma das melhores Operadoras de Gruas em MS. “A gente tem que mostrar que é capaz. Esta é a minha área e é o que eu gosto de fazer. Não pode se assustar e tem que estar sempre lutando. É claro, que fica mais fácil quando tem apoio. A abertura para as mulheres é essencial para mostrar que também podemos”, afirmou.
Maternidade
Outro estigma que precisa ser superado é a questão da maternidade como obstáculo profissional. Vivian Karla Pasotti Neves, operadora de Painel há quatro anos, é um exemplo que ser mãe não é impedimento para a mulher ou prejuízo para a empresa. Pelo contrário. Quando começou o treinamento na Suzano para ocupar o cargo, ela descobriu que estava grávida. “Parei com o curso, cumpri a minha licença maternidade e quando voltei, terminei o treinamento e fui promovida. A maternidade não é, e nunca deve ser vista como um problema. Filho não é impedimento para o trabalho, não é preciso escolher entre um e outro”, completou.
Na Suzano, são dez mulheres no setor de Vivian, uma delas está gestante e uma colega, também operadora de Painel, está retornando de licença maternidade. “A nossa área é uma das que mais tem mulheres, temos também uma técnica de segurança, e está dando certo. Novas contratações estão sendo feitas. Se não estivesse trazendo resultados, não teríamos essa abertura”, destacou.
Mais que um “A”
A promoção da igualdade de gênero é uma das bandeiras da Suzano e já tem dado seus primeiros frutos. Na unidade de Três Lagoas, além de áreas administrativas, elas já são maioria em setores como Planejamento Florestal (80% são mulheres), Viveiro (85%) e Qualidade Industrial (80%).
“Iniciamos a nossa operação com 10% de mulheres, em uma época em que a cidade não tinha a cultura de ter mulheres trabalhando em um processo fabril similar ao nosso. Desde então, estamos fomentando a inclusão de mais mulheres. Em 2015, durante a instalação da segunda fábrica, contratamos mulheres na colheita, em posições diversas como operadoras de máquinas, mecânicas, retificadoras de corrente, etc”, destacou Angela Aparecida dos Santos, gerente de Gente e Gestão da Suzano em MS.
A ideia, porém, é ampliar ainda mais estes índices. Para isso, a Suzano tem a prática de, na divulgação das vagas, incluir o cargo também no feminino, como por exemplo Operador (a) de Colheita Florestal. “É algo muito maior do que uma simples letra a mais. É mostrar que a mulher também pode fazer parte do nosso time. Esse acréscimo do “a” faz toda a diferença. Acreditamos que a diversidade nos fortalece, por isso, não fazemos distinção para candidatos com deficiência, gênero, orientação sexual, raça/etnia, idade, origem, constituição familiar, estética”, finalizou Angela.
(*) Material produzido pela assessoria de imprensa da Suzano