Indústrias de celulose e papel são responsáveis por metade das vendas externas; esse foi o melhor resultado para o acumulado de janeiro a junho da série histórica das exportações de produtos industriais de Mato Grosso do Sul
Apesar da pandemia mundial do novo coronavírus (Covid-19), as exportações de produtos industrializados de Mato Grosso do Sul fecharam o 1º semestre de 2020 com aumento de 3,2% na comparação com o mesmo período de 2019, conforme levantamento do Radar Industrial da Fiems. De janeiro a junho deste ano, a receita com as vendas internacionais das indústrias locais somou US$ 1,83 bilhão contra US$ 1,77 bilhão nos primeiros seis meses do ano passado.
Segundo o coordenador da Unidade de Economia, Estudos e Pesquisas da Fiems, Ezequiel Resende, esse foi o melhor resultado para o acumulado de janeiro a junho da série histórica das exportações de produtos industriais de Mato Grosso do Sul. “Na avaliação apenas do mês de junho de 2020 com junho de 2019, o aumento foi de 6,4%, saltando de US$ 319,49 milhões para US$ 339,87”, completou.
O economista destaca que, quanto à participação relativa, no mês, a indústria respondeu por 62% de toda a receita de exportação de Mato Grosso do Sul, sendo também a mesma participação no acumulado do ano até aqui. Ele reforça que os grupos “Celulose e Papel” e “Complexo Frigorífico” continuam sendo responsáveis por 77% da receita de exportações do setor industrial, sendo 50% para o primeiro grupo e 27% para o segundo grupo, enquanto logo em seguida vem o grupo “Óleos Vegetais” e “Extrativo Mineral”, com 11% e 4%, respectivamente.
Principais grupos
No caso do grupo “Celulose e Papel”, a receita no período avaliado alcançou US$ 911,44 milhões, uma queda de 12% em relação ao período de janeiro a junho de 2019, que foram obtidos quase que na totalidade com a venda da celulose (US$ 899,30 milhões). Os principais compradores foram a China, com US$ 515,22 milhões, Estados Unidos, com US$ 110,83 milhões, a Itália, com US$ 69,97 milhões, a Coreia do Sul, com US$ 35,43 milhões, a Holanda, com US$ 25,36 milhões, o Reino Unido, com US$ 24,20 milhões, a Turquia, com US$ 18,33 milhões, a França, com US$ 16,32 milhões, e os Emirados Árabes Unidos, com US$ 14,77 milhões.
Já no grupo “Complexo Frigorífico” a receita conseguida de janeiro a junho foi de US$ 498,23 milhões, um aumento de 8% em relação ao mesmo período de 2019, sendo que 45% do total alcançado é oriundo das carnes desossadas congeladas de bovino, que totalizaram US$ 224,70 milhões. Os principais compradores foram Hong Kong, com US$ 90,14 milhões, a China, com US$ 77,10 milhões, o Chile, com US$ 54,33 milhões, a Arábia Saudita, com US$ 30,42 milhões, os Emirados Árabes Unidos, com US$ 24,88 milhões, o Japão, com US$ 22,87 milhões, o Egito, com US$ 19,47 milhões, o Uruguai, com US$ 17,11 milhões, e Cingapura, com US$ 16,46 milhões.
No grupo “Óleos Vegetais”, a receita conseguida de janeiro a junho foi de US$ 208,47 milhões, um aumento de 124% em relação ao mesmo período de 2019, sendo que 49% é oriundo dos bagaços e resíduos sólidos da extração do óleo de soja, somando US$ 101,49 milhões. Os principais compradores foram a Holanda, com US$ 48,02 milhões, a Indonésia, com US$ 36,30 milhões, a Tailândia, com US$ 34,36 milhões, a Índia, com US$ 20,18 milhões, a Alemanha, com US$ 15,63 milhões, a Dinamarca, com US$ 11,26 milhões, a Polônia, com US$ 11,06 milhões, e a China, com US$ 10,84 milhões.